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sábado, 12 de março de 2016

IGREJA MATRIZ DE NOSSA SENHORA DA CONCEIÇÃO PADROEIRA DO MUNICÍPIO DE CEARA MIRIM-RN

 IGREJA MATRIZ DE NOSSA SENHORA DA CONCEIÇÃO

MUNICÍPIO DE CEARA MIRIM-RN, NA REGIÃO AGRESTE DO ESTADO 

SÁBADO DA 4ª SEMANA - QUARESMA

1ª Leitura – Jr 11,18-20

Eu era como manso cordeiro levado ao sacrifício.
Leitura do Livro do Profeta Jeremias 11,18-20 18 Senhor, avisaste-me e eu entendi;
fizeste-me saber as intrigas deles.
19 Eu era como manso cordeiro levado ao sacrifício,
e não sabia que tramavam contra mim:
‘Vamos cortar a árvore em toda sua força,
eliminá-lo do mundo dos vivos,
para seu nome não ser mais lembrado.’
20 E tu, Senhor dos exércitos,
que julgas com justiça
e perscrutas os afetos do coração,
concede que eu veja a vingança
que tomarás contra eles,
pois eu te confiei a minha causa.
Palavra do Senhor.

Salmo – Sl 7, 2-3. 9bc-10. 11-12 (R. 2a)

R. Senhor meu Deus, em vós procuro o meu refúgio.
2 Senhor meu Deus, em vós procuro o meu refúgio: *
vinde salvar-me do inimigo, libertai-me!
3 Não aconteça que agarrem minha vida +
como um leão que despedaça a sua presa, *
sem que ninguém venha salvar-me e libertar-me! R.9b Julgai-me, Senhor Deus, como eu mereço *
9c e segundo a inocência que há em mim!
10 Ponde um fim à iniqüidade dos perversos, +
e confirmai o vosso justo, ó Deus-justiça, *
vós que sondais os nossos rins e corações. R.11 O Deus vivo é um escudo protetor, *
e salva aqueles que têm reto coração.
12 Deus é juiz, e ele julga com justiça, *
mas é um Deus que ameaça cada dia. R.

Evangelho – Jo 7,40-53

Porventura o Messias virá da Galiléia? + Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo São João 7,40-53 Naquele tempo:
40 Ao ouvirem as palavras de Jesus,
algumas pessoas da multidão diziam:
‘Este é, verdadeiramente, o Profeta.’
41 Outros diziam: ‘Ele é o Messias’.
Mas alguns objetavam:
Porventura o Messias virá da Galiléia?
42 Não diz a Escritura que o Messias
será da descendência de Davi
e virá de Belém, povoado de onde era Davi?’
43 Assim, houve divisão no meio do povo
por causa de Jesus.
44 Alguns queriam prendê-lo,
mas ninguém pôs as mãos nele.
45 Então, os guardas do Templo
voltaram para os sumos sacerdotes e os fariseus,
e estes lhes perguntaram:
‘Por que não o trouxestes?’
46 Os guardas responderam:
‘Ninguém jamais falou como este homem.’
47 Então os fariseus disseram-lhes:
‘Também vós vos deixastes enganar?
Por acaso algum dos chefes ou dos fariseus acreditou nele?
49 Mas esta gente que não conhece a Lei,
é maldita!’
50 Nicodemos, porém, um dos fariseus,
aquele que se tinha encontrado com Jesus anteriormente,
disse:
51 ‘Será que a nossa Lei julga alguém,
antes de o ouvir e saber o que ele fez?’
52 Eles responderam:
‘Também tu és galileu, porventura?
Vai estudar e verás que da Galiléia não surge profeta.’
53 E cada um voltou para sua casa.
Palavra da Salvação.

Reflexão – Jo 7, 40-53

Muitas pessoas conhecem diversas coisas sobre Jesus, mas não conhecem verdadeiramente a Jesus, porque fundamentaram o seu conhecimento numa leitura racional e científica da Palavra e da História, mas nunca tiveram um encontro pessoal com Jesus, nunca entraram na sua intimidade através da oração, nunca procuraram contemplá-lo, nunca quiseram desenvolver uma espiritualidade. Essas pessoas sempre fizeram de Jesus um objeto de conhecimento e não uma pessoa de relacionamento. Nunca viram verdadeiramente Jesus, de modo que não podem compreendê-lo, segui-lo, amá-lo e viver de acordo com os valores que ele propôs.
Fonte: CNBB

HOJE É O DIA DE SÃO GREGÓRIO DE NISA

Gregório vem de grex, “assembleia”, e gore, que significa “pregar” ou “dizer”. Ou então Gregório vem de egregorius, por sua vez, derivado de egregius, “eleito”, e “gore”, pregador.
Gregório de Nissa, o mais especulativo dos Padres gregos do século IV, pode ser comparado a santo Tomás de Aquino pelo cuidado que teve de dar aos vários problemas enfrentados, uma resposta em sintonia com os dados da fé e ao mesmo tempo com as exigências da razão. Amante do estudo e da solidão, foi a contragosto posto à frente de uma diocese. Sua bondade e falta de senso prático foi julgada muitas vezes  como ingenuidade ou pior. Foi até acusado de desperdiçar os bens da Igreja. Foi deposto e mandado ao exílio em 376. Dois anos depois foi reconhecida sua inocência e consideradas sem fundamento as acusações feitas pelos arianos. Voltou, então, entre as aclamações do seu povo e reassumiu a diocese.
Naqueles dias morria seu irmão, São Basílio, bispo de Cesareia. Gregório preferira a cultura clássica do tempo, um misto de platonismo, aristotelismo e estoicismo; enquanto Basílio escolhera a vida ascética. Gregório casou-se e, depois de ter ensinado alguns anos, abandonou tudo, inclusive a mulher, e seguiu o irmão e amigo na solidão das margens do rio Íris. Dedicou-se ao estudo das obras de Orígenes e Metódio de Olimpo. São frutos desses estudos, livros como sobre a virgindade. Logo Basílio foi escolhido como arcebispo de Cesareia.
Basílio conseguiu para ambos o mesmo tipo de trabalho pastoral. Gregório, depois do incidente do exílio, cresceu muito no conceito de todo o mundo. Era quase levado à força para estabelecer a paz entre igrejas orientais, frequentemente em discórdias por questões doutrinais ou administrativas. Teve vários encargos até da parte do imperador de Constantinopla. Em 381 participou do concílio convocado por Teodósio. Os padres conciliares, por causa de sua profunda doutrina, apelidaram-no de coluna da ortodoxia. Em 394 compareceu a outro sínodo de Constantinopla.
A Igreja também celebra hoje a memória dos santos: Bernardo de Cápua, Inocêncio I e São Luís Orione

sexta-feira, 11 de março de 2016

QUE IMAGEM SIMBOLIZA O TERCEIRO ANO DE PONTIFICADO DE FRANCISCO

O aniversário de terceiro ano do Pontificado do primeiro Papa jesuíta e latino-americano da história cai nos primeiros meses do Ano Santo Extraordinário que ele mesmo quis dedicar à Misericórdia. Os últimos doze meses viram o pontífice argentino viajar por quatro continentes, publicar uma Encíclica dedicada ao “cuidado da Criação” e celebrar um Sínodo dedicado à família. Mas tantas foram as oportunidades e os encontros em que Francisco confirmou a sua imagem de pastor “em caminho” com o Povo de Deus, um pastor empenhado – como afirmou o ator italiano Roberto Benigni – a imprimir, com todas as suas forças, a Igreja em direção a Jesus Cristo. Mas qual é a imagem mais representativa desse último ano que vivemos com ele?
Os dois Papas passam a Porta Santa
O Mons. Giuseppe Lorizio, docente de Teologia Fundamental da Pontifícia Universidade Lateranense de Roma comenta que a imagem que ele gosta de recordar “é aquela de dois Papas, Papa Francisco e o Papa emérito, Bento XVI, que, em 8 de dezembro de 2015, depois de se abraçarem, atravessarem a Porta Santa da Basílica do Vaticano, um depois do outro. É uma fotografia que nos ajuda a liberar o campo de certos estrabismos jornalísticos: como aquele de quem aplaude este Papa como se o pontificado dos outros fosse negativo. Uma imagem que nos confirma como que a Francisco, como aos seus predecessores, esteja bem presente a comunhão na diversidade. Duas pessoas assim tão diferentes que atravessam juntas aquela Porta Santa, unidas pela mesma fé e pelo ministério que compartilharam, simbolizando a variedade da Igreja mas também a sua unidade, que não é homogeneidade. Um instante importante também para responder a quem representa Francisco como um Papa da ‘descontinuidade’ em relação ao Magistério e à tradição que o precederam. Nada de mais falso, porque o seu ensinamento, embora conduzido com um estilo único, é enraizado na tradição. Uma imagem para evitar, enfim, inclusive o risco da ‘papolatria’, que leva alguém a se concentrar mais no Papa que em Jesus Cristo”.
Imagem dupla: Porta Santa de Bangui e São Pedro
Para descrever Francisco também perguntamos a Marco Burini, jornalista que segue diariamente as atividades do Papa para a TV2000, o canal de TV dos católicos italianos.
“Se levamos a sério o convite do Papa para considerar e viver a Igreja ‘em saída’, na sua vocação ‘missionária’, devemos, em um certo modo, sair do próprio Papa, porque o Ministério petrino é um tesouro da Igreja. Façamos atenção, então, ao fazer o monumento a Bergoglio antes da hora. Seja porque sabemos que fim fazem os monumentos nas praças, seja porque seria particularmente contraindicado, sobretudo em âmbito mediático, em relação a um Pontífice que está levando adiante um ministério ‘centrífugo’, de ‘saída’, que condena a auto-referencialidade”.
A respeito da imagem símbolo dos últimos doze meses de Pontificado, Burini também volta à abertura do Jubileu da Misericórdia. “Proponho uma imagem dupla: a Porta Santa de Bangui, na República Centro-africana, que se escancara ao leve empurrão de Francisco e aquela de São Pedro que lhe apresenta certa resistência. Nessa dupla imagem, nessa dialética, nessa contradição tão eloquente, há uma riqueza para ser apreciada, mesmo além das ansiedades do balanço e classificação de nós, jornalistas. Devemos entrar em sintonia com o estilo de Francisco que, como recordava Roberto Benigni, é o estilo do ‘caminhar pregando’, o melhor do ‘pregar caminhando’, como faz Jesus no Evangelho de Marcos”.
O Papa parado na fronteira, mas capaz de misericórdia
Raniero La Valle, jornalista e escritor, 50 anos atrás cobrindo o Concílio Vaticano II, propõe uma outra imagem para contar o terceiro ano de Pontificado de Francisco. “Eu volto ao último dia da sua recente viagem ao México, quando o Papa foi até a fronteira com os EUA, na Ciudad Juarez, para celebrar missa. Naquela fronteira, onde um mar de pobres, refugiados, exilados violam a lei à procura de uma vida melhor, inclusive ele, de uma certa forma, parou. Em frente ao muro, ao arame farpado, às patrulhas que impedem a entrada. Uma imagem, essa de Francisco na fronteira, que se conecta à sua primeira viagem na Itália, poucos meses depois da eleição, à ilha de Lampedusa. A escolha de visitar o mundo do sofrimento, da exclusão, do descarte, como dizendo que esse povo deve ser o primeiro pela qual a Igreja se empenha. Nota-se, no entanto, como na fronteira com o Texas o Papa foi capaz inclusive de abençoar aqueles que rejeitam os migrantes. Ao mesmo tempo em que para na fronteira, também é capaz de ultrapassá-la, de oferecer esse sinal de comunhão que vai além da inimizade”.
Não é o Papa, mas o mundo que muda
La Valle conclui: “Parece uma imagem forte que nos ajuda também a terminar com a questão de que Francisco seja ou não o Papa da mudança. O Ministério petrino, de fato, continua o mesmo, mas é o mundo que muda. Nunca tinha acontecido que 50 milhões de pessoas fossem em movimento no globo ou que as águas iniciassem a submergir a terra. Então, essa é a novidade. Não é o Pontífice que é diferente, mas é o mundo ao qual é chamado a anunciar a Boa Nova que mudou, apresenta exigências, dramas, urgências diversas. A pergunta verdadeira, no entanto, não é se Francisco está mudando o Papado, mas se realmente está mudando a Igreja. Porque uma Igreja que não sente a exigência de mudar, sob o empurrão do sopro do Espírito, é uma Igreja que precisa ser levada para sala de reanimação”.
Por Rádio Vaticano

6ª-FEIRA DA 4ª SEMANA - QUARESMA

1ª Leitura – Sb 2,1a.12-22

Vamos condená-lo à morte vergonhosa.
Leitura do Livro da Sabedoria 2,1a.12-22 1a Dizem entre si, os ímpios, em seus falsos raciocínios:
12 Armemos ciladas ao justo, porque sua presença nos incomoda:
ele se opõe ao nosso modo de agir,
repreende em nós as transgressões da lei
e nos reprova as faltas contra a nossa disciplina.
13 Ele declara possuir o conhecimento de Deus
e chama-se ‘filho de Deus’.
14 Tornou-se uma censura aos nossos pensamentos
e só o vê-lo nos é insuportável;
15 sua vida é muito diferente da dos outros,
e seus caminhos são imutáveis.
16 Somos comparados por ele à moeda falsa
e foge de nossos caminhos como de impurezas;
proclama feliz a sorte final dos justos
e gloria-se de ter a Deus por pai.
17 Vejamos, pois, se é verdade o que ele diz,
e comprovemos o que vai acontecer com ele.
18 Se, de fato, o justo é ‘filho de Deus’, Deus o defenderá
e o livrará das mãos dos seus inimigos.
19 Vamos pô-lo à prova com ofensas e torturas,
para ver a sua serenidade
e provar a sua paciência;
20 vamos condená-lo à morte vergonhosa,
porque, de acordo com suas palavras,
virá alguém em seu socorro’.
21 Tais são os pensamentos dos ímpios, mas enganam-se;
pois a malícia os torna cegos,
22 não conhecem os segredos de Deus,
não esperam recompensa para a santidade
e não dão valor ao prêmio reservado às vidas puras.
Palavra do Senhor.

Salmo – Sl 33, 17-18. 19-20. 2l.23 (R. 19a)

R. Do coração atribulado está perto o Senhor.
17 O Senhor volta a sua face contra os maus, *
para da terra apagar sua lembrança.
18 Clamam os justos, e o Senhor bondoso escuta *
e de todas as angústias os liberta. R.19 Do coração atribulado ele está perto *
e conforta os de espírito abatido.
20 Muitos males se abatem sobre os justos, *
mas o Senhor de todos eles os liberta. R.21 Mesmo os seus ossos ele os guarda e os protege, *
e nenhum deles haverá de se quebrar.
23 Mas o Senhor liberta a vida dos seus servos, *
e castigado não será quem nele espera. R.

Evangelho – Jo 7,1-2.10.25-30

Queriam prendê-lo, mas ainda não tinha chegado a sua hora. + Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo São João 7,1-2.10.25-30 Naquele tempo:
1 Jesus andava percorrendo a Galiléia.
Evitava andar pela Judéia,
porque os judeus procuravam matá-lo.
2 Entretanto, aproximava-se a festa judaica das Tendas.
10 Quando seus irmãos já tinham subido,
então também ele subiu para a festa,
não publicamente mas sim, como que às escondidas.
25 Alguns habitantes de Jerusalém disseram então:
‘Não é este a quem procuram matar?
26 Eis que fala em público e nada lhe dizem.
Será que, na verdade, as autoridades reconheceram
que ele é o Messias?
27 Mas este, nós sabemos donde é.
O Cristo, quando vier, ninguém saberá donde ele é.’
28 Em alta voz, Jesus ensinava no Templo, dizendo:
‘Vós me conheceis e sabeis de onde sou;
eu não vim por mim mesmo,
mas o que me enviou é fidedigno.
A esse, não o conheceis,
29 mas eu o conheço,
porque venho da parte dele,
e ele foi quem me enviou.’
30 Então, queriam prendê-lo,
mas ninguém pôs a mão nele,
porque ainda não tinha chegado a sua hora.
Palavra da Salvação.

Reflexão – Jo 7, 1-2.10.25-30

A descrença pode ter conseqüências terríveis como nos revela o Evangelho de hoje. As pessoas que acreditaram em Jesus procuraram seguir seus ensinamentos e viver uma nova forma de relacionamento com Deus, de modo que a sua fé gerava a vida em abundância. Os que não aceitavam as palavras de Jesus não só se privavam desta vida como também procuravam tirar a vida de Jesus. Mas o nosso Deus é o Deus da vida. A descrença luta contra a vida e pode até mesmo tirar a vida das pessoas, mas tira apenas a vida biológica, e o sangue que é derramado fertiliza a terra para que nela brote as sementes de vida eterna. O sangue de Jesus foi derramado, assim como o de muitos mártires, e isso faz com que as sementes do Reino cresçam e dêem fruto.
Fonte: CNBB

HOJE É O DIA DE SÃO CONSTANTINO

Constantino faz parte da heroica história do cristianismo na Escócia. Ele era rei da Cornualha, pequena região da Inglaterra e se casou com a filha do rei da Bretanha. Depois se tornou o maior evangelizador de sua pátria e o responsável pela conversão do país.
O rei Constantino não foi um governante justo, até sua conversão. No início da vida cometeu sacrilégios e até assassinatos, em sua terra natal. Para ficar livre de cobranças na vida particular, divorciou-se da esposa. Foram muitos anos de vida mundana, envolvido em crimes e pecados. Mas quando soube da morte de sua ex-esposa, foi tocado pela graça tão profundamente que decidiu transformar sua vida. Primeiro abriu mão do trono em favor de seu filho, depois se converteu, recebendo o batismo. Em seguida se isolou no mosteiro de São Mócuda, na Irlanda, onde trabalhou por sete anos, executando as tarefas mais difíceis, no mais absoluto silêncio.
Os ensinamentos de Columbano, que também é celebrado pela Igreja, e que nesse período estava na região em missão apostólica, o levaram a se ordenar sacerdote. Assim, partiu para evangelizar junto com Columbano, e empregou a coragem que possuía, desde a época em que era rei, para a conversão do seu povo. As atitudes de Constantino passaram a significar um pouco de luz no período obscuro da Idade Média.
A Inglaterra e a Irlanda, naquela época, viviam já seus dias de conversão, graças ao trabalho missionário de Patrício, que se tornou mártir e santo pela Igreja, e outros religiosos. Constantino que recebera orientação espiritual de Columbano não usava os mantos ricos dos reis e sim o hábito simples e humilde dos padres. Lutou bravamente pelo cristianismo, pregou, converteu, fundou vários conventos, construiu igrejas e, assim, seu trabalho deu muitos frutos. Sua terra, antes conhecida como “o país dos Pitti”, assumiu o nome de Escócia, que até então pertencia a Irlanda.
Porém, antes de se tornar um estado católico, a Escócia viu Constantino ser martirizado. Foi justamente lá que, quando pregava em uma praça pública, um pagão o atacou brutalmente, amputando-lhe o braço direito, o que causou uma hemorragia tão profunda que o sacerdote esvaiu-se em sangue até morrer, não sem antes abraçar e abençoar a cada um de seus seguidores. Morreu no dia 11 de março de 598, e se tornou o primeiro mártir escocês.
O seu culto correu rápido entre os cristãos de língua anglo-saxônica, atingiu a Europa e se propagou por todo o mundo cristão, ocidental e oriental. Sua veneração litúrgica foi marcada para o dia de seu martírio.
A Igreja também celebra hoje a memória dos santos: Firmino, Zósimo e Eulógio

A VERDADEIRA COMPAIXÃO NÃO É ABSTRATA

A Igreja e todos os cristãos demonstrem a compaixão do bom samaritano diante das feridas do mundo, porque cuidar de quem sofre melhora as relações sociais e acaba com a cultura do descarte. Esta é a síntese da oitava meditação conduzida por Padre Ermes Ronchi para o Papa e a Cúria Romana, nesta quinta-feira (10/03), que marca o quinto dia de exercícios espirituais.
É o amanhecer de domingo e três dias se passaram com uma imensa sensação de vazio e muitas lágrimas. Também a mulher que se aproxima do sepulcro traz as marcas no rosto e ter visto a pedra deslizada aumenta a angústia. Uma voz a paralisa: “Mulher, quem procuras? Por que choras?”. A reflexão parte desta cena para descrever o comportamento de Deus diante das dores dos homens.
Os três verbos da compaixão
Jesus ressuscitou, observa o pregador, “é o Deus da vida” e se “interessa pelas lágrimas” de Madalena. “Na última hora da sexta-feira, na Cruz, tinha se interessado pela dor e angústia de um ladrão, na primeira hora da Páscoa se interessa pela dor e amor de Maria”. Porque, destaca Padre Ronchi, este é o estilo de “Jesus, o homem dos encontros”: não “procura o pecado de uma pessoa, mas se coloca sempre sobre o sofrimento e as suas necessidades”. E, então, pergunta-se o religioso, “como ver, entender, tocar e deixar-se tocar pelas lágrimas” dos outros?:
“Aprendendo o olhar e os gestos de Jesus, que são aqueles do bom samaritano: ver, parar, tocar, três verbos a não serem esquecidos jamais (…) Ver: o samaritano viu e teve compaixão. Viu as feridas daquele homem e sentiu-se ferir (…) A fome tem um porquê, os migrantes trazem em si montanhas de porquês, os tumores da terra têm um porquê. Interrogar-se sobre as causas é uma atitude de discípulo. Estar presente lá aonde se chora (…) e procurar juntos como chegar à raiz do mal e cortá-la”.
Não “fingir que não viu”
Em muitas passagens do Evangelho Jesus vê a dor humana e sente compaixão. Esta palavra, diz Padre Ronchi, no texto grego é traduzida como sentir “uma câimbra no ventre”. A verdadeira compaixão não é, portanto, um pensamento abstrato e nobre, mas uma mordida física. Aquilo que induz o bom samaritano a não “fingir que não viu” como aconteceu com o sacerdote e o levita. Tanto porque, afirma Padre Ronchi, “para além do fingimento não há nada, muito menos Deus”:
“A verdadeira diferença não é entre cristãos, muçulmanos ou judeus, a verdadeira diferença não é entre quem acredita ou quem diz não acreditar. A verdadeira diferença é entre quem para ou quem não para diante das feridas, entre quem para ou quem passa reto (…) Se eu passei somente uma hora junto às dores de uma pessoa, a conheço melhor, sou mais sábio do que quem leu todos os livros. Sou sábio da vida”.
Misericórdia não se faz a distância
Terceiro verbo: tocar. “Todas as vezes que Jesus se comove, toca”, recorda o pregador dos exercícios. “Toca o intocável”, um leproso, o primeiro dos descartes humanos. Toca o filho da viúva de Naim e “viola a lei, faz aquilo que não se pode: pega um menino morto, o levanta e o entrega à sua mãe”:
“O olhar sem coração produz escuridão e, depois disso, começa uma operação ainda mais devassante: há o risco de transformar os invisíveis em culpados, de transformar as vítimas – os refugiados, os migrantes, os pobres – em culpados e em causa dos problemas (…) E se vejo, paro e toco. Se seco uma lágrima, eu sei, não mudo o mundo, não mudo as estruturas da desigualdade, mas transmiti a ideia de que a fome não é imbatível, que as lágrimas dos outros têm direito sobre qualquer um e sobre mim, que eu não deixo à deriva o necessitado, que não foste jogado fora, que o compartilhar é a forma mais adequada do humano. (…) Porque a misericórdia é tudo aquilo que é essencial à vida do homem. A misericórdia é um fato de ventre e de mãos. E Deus perdoa assim: não com um documento, com as mãos, um toque, uma carícia”.
Por Rádio Vaticano

quinta-feira, 10 de março de 2016

ORAÇÃO À SÃO JOSÉ OPERÁRIO


IGREJA MATRIZ DE NOSSA SENHORA DA CONCEIÇÃO PADROEIRA DO MUNICÍPIO DE JARDIM DO SERIDÓ-RN

IGREJA MATRIZ DE NOSSA SENHORA DA CONCEIÇÃO

MUNICÍPIO DE JARDIM DO SERIDÓ -RN NA REGIÃO DO SERIDÓ 

5ª-FEIRA DA 4ª SEMANA - QUARESMA

1ª Leitura – Ex 32,7-14

Aplaque-se a tua ira
e perdoa a iniqüidade do teu povo.
Leitura do Livro do Êxodo 32,7-14 Naqueles dias:
7 O Senhor falou a Moisés:
‘Vai, desce, pois corrompeu-se o teu povo,
que tiraste da terra do Egito.
8 Bem depressa desviaram-se do caminho que lhes prescrevi.
Fizeram para si um bezerro de metal fundido,
inclinaram-se em adoração diante dele
e ofereceram-lhe sacrifícios, dizendo:
‘Estes são os teus deuses, Israel,
que te fizeram sair do Egito!’ ‘
9 E o Senhor disse ainda a Moisés:
‘Vejo que este é um povo de cabeça dura.
10 Deixa que minha cólera se inflame contra eles
e que eu os extermine.
Mas de ti farei uma grande nação’.
11 Moisés, porém, suplicava ao Senhor seu Deus, dizendo:
‘Por que, ó Senhor, se inflama a tua cólera contra o teu povo,
que fizeste sair do Egito
com grande poder e mão forte?
12 Não permitas, te peço, que os egípcios digam:
‘Foi com má intenção que ele os tirou,
para fazê-los perecer nas montanhas
e exterminá-los da face da terra’.
Aplaque-se a tua ira
e perdoa a iniqüidade do teu povo.
13 Lembra-te de teus servos Abraão, Isaac e Israel,
com os quais te comprometeste por juramento, dizendo:
‘Tornarei os vossos descendentes
tão numerosos como as estrelas do céu;
e toda esta terra de que vos falei,
eu a darei aos vossos descendentes
como herança para sempre’ ‘.
14 E o Senhor desistiu do mal
que havia ameaçado fazer ao seu povo.
Palavra do Senhor.

Salmo – Sl 105, 19-20. 21-22. 23 (R. 4a)

R. Lembrai-vos de nós, ó Senhor,
segundo o amor para com vosso povo!
19 Construíram um bezerro no Horeb *
e adoraram uma estátua de metal;
20 eles trocaram o seu Deus, que é sua glória, *
pela imagem de um boi que come feno. R.21 Esqueceram-se do Deus que os salvara, *
que fizera maravilhas no Egito;
22 no país de Cam fez tantas obras admiráveis, *
no Mar Vermelho, tantas coisas assombrosas. R.23 Até pensava em acabar com sua raça, *
não se tivesse Moisés, o seu eleito,
interposto, intercedendo junto a ele, *
para impedir que sua ira os destruísse. R.

10-03Evangelho – Jo 5,31-47

Há alguém que vos acusa:
Moisés, no qual colocais a vossa esperança. + Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo São João 5,31-47 Naquele tempo, disse Jesus aos judeus:
31 Se eu der testemunho de mim mesmo,
meu testemunho não vale.
32 Mas há um outro que dá testemunho de mim,
e eu sei que o testemunho
que ele dá de mim é verdadeiro.
33 Vós mandastes mensageiros a João,
e ele deu testemunho da verdade.
34 Eu, porém, não dependo do testemunho de um ser humano.
Mas falo assim para a vossa salvação.
35 João era uma lâmpada que estava acesa e a brilhar,
e vós com prazer vos alegrastes por um tempo com a sua luz.
36 Mas eu tenho um testemunho maior que o de João;
as obras que o Pai me concedeu realizar.
As obras que eu faço dão testemunho de mim,
mostrando que o Pai me enviou.
37 E também o Pai que me enviou
dá testemunho a meu favor.
Vós nunca ouvistes sua voz,
nem vistes sua face,
38 e sua palavra não encontrou morada em vós,
pois não acreditais naquele que ele enviou.
39 Vós examineis as Escrituras,
pensando que nelas possuís a vida eterna.
No entanto, as Escrituras dão testemunho de mim,
40 mas não quereis vir a mim para ter a vida eterna!
41 Eu não recebo a glória que vem dos homens.
42 Mas eu sei:
que não tendes em vós o amor de Deus.
43 Eu vim em nome do meu Pai,
e vós não me recebeis.
Mas, se um outro viesse em seu próprio nome,
a este vós o receberíeis.
44 Como podereis acreditar,
vós que recebeis glória uns dos outros
e não buscais a glória que vem do único Deus?
45 Não penseis que eu vos acusarei diante do Pai.
Há alguém que vos acusa:
Moisés, no qual colocais a vossa esperança.
46 Se acreditásseis em Moisés,
também acreditaríeis em mim,
pois foi a respeito de mim que ele escreveu.
47 Mas se não acreditais nos seus escritos,
como acreditareis então nas minhas palavras?’
Palavra da Salvação.

Reflexão – Jo 5, 31-47

Ninguém aceita gratuitamente algo como sendo verdadeiro. Só acreditamos que algo é verdadeiro quando temos um fundamento para isso. Assim as pessoas agem em relação a Jesus, exigem uma garantia de verdade a respeito de tudo o que ele fala para que creiam nela. Isso acontece em primeiro lugar porque não acreditam no amor e na ação do próprio Deus na vida das pessoas. Também acontece porque não são capazes de encontrar nas Sagradas Escrituras o testemunho de Jesus e de suas obras. Somente quem se abre a Deus e à sua revelação reconhece a verdade em Jesus.
Fonte: CNBB

HOJE É O DIA DE SÃO SIMPLÍCIO

Simplício, natural de Tivoli, na Itália, era filho de Castino. Foi sumo pontífice de 468 a 483.
Nessa época, Roma , depois de resistir às invasões de godos, visigodos, hunos, vândalos e outros povos bárbaros, acabou sucumbindo aos hérulos, chefiados pelo rei Odoacro, que era adepto do arianismo e depôs o imperador Rômulo Augusto. A partir daí, conquistadores de todos os tipos se instalaram, depredaram, destruíram e repartiram aquele Império, tido    como o centro do mundo. Roma, que era sua capital, sobreviveu. Nesse melancólico final, a única autoridade moral restante, a que ficou do lado do povo e acolheu, socorreu, escondeu e ajudou a enfrentar o terror, foi a do Papa Simplício.
Ele fazia parte do clero romano e foi eleito para suceder o Papa Hilário. Tinha larga experiência no serviço pastoral e social da Igreja e uma vantagem: ter convivido com o Papa Leão Magno, depois proclamado santo e doutor da Igreja, que deteve a invasão de Átila, o rei dos bárbaros hunos. Ao Papa Simplício, nunca faltou coragem, fé e energia, virtudes fundamentais para o exercício da função. Ele soube manter vivamente ativas as grandes basílicas de São Pedro, São Paulo Fora dos Muros e São Lorenço, que a partir do seu pontificado passaram a acolher os católicos em peregrinação aos túmulos dos Santos Apóstolos. Depois construiu e fundou muitas igrejas novas, sendo as mais famosas aquelas dedicadas a São Estevão Rotondo e a Santa Bibiana. Trabalhou para a expansão das dioceses e reafirmou o respeito à genuína fé em Cristo e à Igreja de Roma.
Os escritos antigos registram suas várias cartas à bispos, orientando sobre a forma de enfrentar o nestorianismo e o monofisitismo, duas heresias orientais que na época ameaçavam a integridade da doutrina católica e vinham se espalhando por todo o mundo cristão. Mas o Papa Simplício se manteve ativo ao lado do povo, ensinando, pregando, dando exemplo de evangelizador, apesar dessas e outras dificuldades. Além disso mostrou respeito a todo tipo de expressão da arte; foi ele que ordenou para serem colocados à salvo da destruição dos bárbaros os mosaicos considerados pagãos, da igreja de Santo André. Morreu, amado pelo povo e respeitado até pelos reis hereges, no dia 10 de março de 483. Suas relíquias são veneradas na sua cidade natal, Tivoli, Itália.
Foi assim que Roma, graças à atuação do Papa Simplício, apesar de assolada por hereges de todas as crenças e origens, deixou de ser a Roma dos Césares passando a ser a Roma dos Papas e da Santa Sé. A sua comemoração litúrgica ocorre no dia 02 de março.
A Igreja também celebra hoje a memória dos santos: Dinis, Crescêncio e Simplício.

quarta-feira, 9 de março de 2016

4ª-FEIRA DA 4ª SEMANA - QUARESMA

1ª Leitura – Is 49,8-15

Preservei-te para seres elo de aliança entre os povos
e para restaurar a terra.
Leitura do Livro do Profeta Isaías 49,8-158 Isto diz o Senhor:
‘Eu atendo teus pedidos com favores
e te ajudo na obra de salvação;
preservei-te para seres elo de aliança entre os povos,
para restaurar a terra,
para distribuir a herança dispersa;
9 para dizer aos que estão presos: ‘Saí!`
e aos que estão nas trevas: ‘Mostrai-vos`.
E todos se alimentam pelas estradas
e até nas colinas estéreis se abastecem;
10 não sentem fome nem sede,
não os castiga nem o calor nem o sol,
porque o seu protetor toma conta deles
e os conduz às fontes d’água.
11 Farei de todos os montes uma estrada
e os meus caminhos serão nivelados.
12 Eis que estão vindo de longe,
uns chegam do Norte e do lado do mar,
e outros, da terra de Sinim’.
13 Louvai, ó céus, alegra-te, terra;
montanhas, fazei ressoar o louvor,
porque o Senhor consola o seu povo
e se compadece dos pobres.
14 Disse Sião: ‘O Senhor abandonou-me,
o Senhor esqueceu-se de mim!’
15 Acaso pode a mulher esquecer-se do filho pequeno,
a ponto de não ter pena do fruto de seu ventre?
Se ela se esquecer, eu, porém, não me esquecerei de ti.
Palavra do Senhor.

Salmo – Sl 144, 8-9. 13cd-14. 17-18 (R. 8a)

R. Misericórdia e piedade é o Senhor.
8 Misericórdia e piedade é o Senhor, *
ele é amor, é paciência, é compaixão.
9 O Senhor é muito bom para com todos, *
sua ternura abraça toda criatura. R.13c O Senhor é amor fiel em sua palavra, *
d é santidade em toda obra que ele faz.
14 Ele sustenta todo aquele que vacila *
e levanta todo aquele que tombou. R.17 É justo o Senhor em seus caminhos, *
é santo em toda obra que ele faz.
18 Ele está perto da pessoa que o invoca, *
de todo aquele que o invoca lealmente. R.

Evangelho – Jo 5,17-30

Assim como o Pai ressuscita os mortos e lhes dá a vida,
o Filho também dá a vida a quem ele quer. + Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo São João 5,17-30 Naquele tempo:
17 Jesus respondeu aos judeus:
‘Meu Pai trabalha sempre,
portanto também eu trabalho’.
18 Então, os judeus ainda mais procuravam matá-lo,
porque, além de violar o sábado,
chamava Deus o seu Pai,
fazendo-se, assim, igual a Deus.
19 Tomando a palavra, Jesus disse aos judeus:
‘Em verdade, em verdade vos digo,
o Filho não pode fazer nada por si mesmo;
ele faz apenas o que vê o Pai fazer.
O que o Pai faz,
o Filho o faz também.
20 O Pai ama o Filho
e lhe mostra tudo o que ele mesmo faz.
E lhe mostrará obras maiores ainda,
de modo que ficareis admirados.
21 Assim como o Pai ressuscita os mortos e lhes dá a vida,
o Filho também dá a vida a quem ele quer.
22 De fato, o Pai não julga ninguém,
mas ele deu ao Filho o poder de julgar,
23 para que todos honrem o Filho,
assim como honram o Pai.
Quem não honra o Filho,
também não honra o Pai que o enviou.
24 Em verdade, em verdade vos digo,
quem ouve a minha palavra
e crê naquele que me enviou,
possui a vida eterna.
Não será condenado,
pois já passou da morte para a vida.
25 Em verdade, em verdade, eu vos digo:
está chegando a hora, e já chegou,
em que os mortos ouvirão a voz do Filho de Deus
e os que a ouvirem, viverão.
26 Porque, assim como o Pai possui a vida em si mesmo,
do mesmo modo concedeu ao Filho
possuir a vida em si mesmo.
27 Além disso, deu-lhe o poder de julgar,
pois ele é o Filho do Homem.
28 Não fiqueis admirados com isso,
porque vai chegar a hora,
em que todos os que estão nos túmulos
ouvirão a voz do Filho e sairão:
29 aqueles que fizeram o bem,
ressuscitarão para a vida;
e aqueles que praticaram o mal, para a condenação.
30 Eu não posso fazer nada por mim mesmo.
Eu julgo conforme o que escuto,
e meu julgamento é justo,
porque não procuro fazer a minha vontade,
mas a vontade daquele que me enviou.
Palavra da Salvação.

Reflexão – Jo 5, 17-30

Jesus começa aos poucos a manifestar a sua origem e a sua natureza divina. Ele de fato é o Filho de Deus, que veio ao mundo para fazer a vontade do Pai e realizar a sua obra, que é a salvação de todas as pessoas, salvação que significa ressurreição e vida eterna, libertação do jugo do pecado e da morte. Mas esta obra é somente para quem crê que Jesus é o Filho de Deus, é para quem crê que ele veio ao mundo para fazer a vontade do Pai e vê na sua ação a ação divina em favor dos homens, de modo que a fé é essencial para a nossa salvação, para a nossa ressurreição e para que vivamos eternamente.
Fonte: CNBB

HOJE É O DIA DE SANTA FRANCISCA ROMANA

Nobre de nascimento, ainda mais nobre de alma, nasceu Francisca em Roma no ano de 1384. Sua igreja fica perto dos Foros Imperiais e muitos jovens romanos preferem se casar lá. Chamam-na familiarmente de Francisquinha ou Chiquinha.
Francisca Bussa de Buxis de Leoni nasceu em 1384, em uma nobre e tradicional família romana cristã e, desde jovem, manifestou a vocação para uma vida de piedade e penitência. Queria ser uma religiosa, mas seu pai prometeu-a em casamento ao jovem Lourenço Ponciano, também cortejado por ser nobre e muito rico. Contudo, era um bom cristão e os dois se completaram, social e espiritualmente. Tiveram filhos, cumpriam suas obrigações matrimoniais com sobriedade e serenidade, respeitando todos os preceitos católicos de caridade e benevolência. Dedicavam tanto tempo aos pobres e doentes que sua rica casa acabou se transformando em asilo, ambulatório, hospital e albergue, para os necessitados e abandonados.
O casal teve seis filhos que deveriam ser apenas fontes de felicidade para os pais, porém acabaram por se tornar a origem de muita dor e sacrifício. Numa sucessão de acontecimentos Francisca viu morrer três de seus filhos. Roma, naquela época, atravessou períodos terríveis de sua história, sendo flagelada por duas guerras, revoluções, epidemias, fome e miséria. Francisca ainda assistiu outro dos filhos ser feito refém, enquanto o marido se tornava prisioneiro, depois de ferido na guerra. Mesmo assim, continuou sua obra de caridade junto aos necessitados, vendendo quase tudo que tinha para mantê-la. Foi justamente nesse período que recebeu o título de “Mãe de Roma”.
Frequentava a igreja de padres beneditinos de Santa Maria Nova e ali reuniu as ricas amigas da corte romana para trabalharem em benefício da sociedade. Mesmo sem vestirem hábito algum, sem emitirem votos e sem formarem uma família religiosa, pois, viviam uma vida normal de mães e donas de casa, mas encontrando tempo para se dedicarem à comunidade carente. Quando o marido morreu, Francisca entregou-se de maneira definitiva à vida religiosa, fundando com algumas dessas companheiras, também viúvas, a Ordem das Irmãs Oblatas Olivetanas de Santa Maria Nova.
Tinha cinquenta e seis anos quando morreu, no dia 09 de março de 1440, depois de ser eleita superiora pelas companheiras de convento. Sua biografia oficial registra ainda várias manifestações da graça do Senhor em sua vida, como a presença constante e real de um anjo da guarda.
Foi proclamada Santa Francisca Romana em 1608 e considerada mística, pela Igreja. Narram os registros que, quando morreu, foram necessários três dias para que toda a população de Roma pudesse visitar seu caixão, de tanto que era admirada e querida pelo povo, devotos e fiéis.
A Igreja também celebra hoje a memória dos santos: Cândido, Catarina de Bolonha e Gregório de Nissa.

PERDOAR SEM MEDO DE AMAR

Muitos caminham pela vida com feridas abertas há muitas décadas, buscam a cura para a cicatrização; mas quando pensam que ela ocorreu, a ferida se abre novamente e causa dores maiores que no passado.
Jesus nos diz que devemos perdoar o nosso irmão setenta vezes sete, ou seja, o perdão não tem limites para ser concedido. No entanto, nossa realidade humana, frágil e pecadora insiste em deixar que a ofensa seja maior que o perdão. Tudo isso se deve à profundidade que a mágoa causou em nossa alma. Bom mesmo seria se conseguíssemos perdoar sempre e de coração.
O perdão é um processo que precisa de nossa ajuda para que possa ser concedido de maneira plena. As causas das mágoas podem ser várias e ocorrer nas mais diversas situações, desde uma palavra mal interpretada até uma carência profunda e sem consciência. Muitos são os motivos para que as feridas abertas demorem muito tempo para serem cicatrizadas.
Quanto mais remoemos em nosso coração a ofensa sofrida, maior será a dificuldade de perdoar. A mágoa que é alimentada pelo nosso coração não é benéfica para o nosso processo de cura interior. Pelo contrário, uma mágoa que é alimentada constantemente pelo sentimento de revolta aumenta as dores emocionais e dificulta a processo de cicatrização de uma ferida aberta.
O desejo de vingança é bastante comum em quem sofreu uma traição. O primeiro sentimento que surge no coração de quem passa por e processo é: “Assim como fez comigo, também farei”. Esse sentimento é sempre prejudicial, porque nunca iremos resolver um problema usando das mesmas armas que feriram nossa alma. Guerra de sentimentos produz destruição em massa do amor. A solução para os conflitos não se busca na vingança, mas sim no diálogo sincero, maduro e humano.
Também não adianta falarmos para todo mundo e espalharmos aos quatro ventos a revolta que sentimos, se nunca temos a coragem de procurar quem nos ofendeu. Palavras de revolta, quando partilhadas com todos, podem aumentar os princípios de reconciliação. São muitas as situações em que o ser humano precisa de uma plateia que aplauda suas críticas para reforçar a autoestima de que o agressor não merece perdão.
No tumulto das emoções, toda busca de reconciliação e de paz será infrutífera. É preciso cultivarmos a paciência da espera. Emoções à flor da pele nunca vão nos ajudar na busca da paz. O tempo é um precioso aliado para quem deseja fazer do perdão um ponto de partida para um novo recomeço. Espere até que as ondas da fúria possam ceder lugar à serenidade das águas de um lago.
Nunca deixe de orar pela situação que você enfrenta. A oração é o alimento da alma e a paz que acalma nossos sentimentos. Busque na oração o primeiro passo para a cura de suas mágoas. Coloque tudo o que você sente nas mãos de Deus e deixe que Ele transforme o negativo de suas emoções nas flores do perdão.
Por Canção Nova via Aleteia

terça-feira, 8 de março de 2016

VATICANO INFORMA COMO SERÁ A SEMANA SANTA COM O PAPA

Papa presidirá celebrações tradicionais da Semana Santa, começando com a Missa no Domingo de Ramos

Da Redação, com Boletim da Santa Sé
Papa Francisco presidirá celebrações na Semana Santa / Foto: L'Osservatore Romano
Papa Francisco presidirá celebrações na Semana Santa / Foto: L’Osservatore Romano
A sala de imprensa da Santa Sé informou nesta terça-feira, 8, como será a Semana Santa no Vaticano. O Papa Francisco presidirá as celebrações tradicionais, que começam no Domingo de Ramos, 20.
Nesse dia, em que a Igreja celebra também o Dia Mundial da Juventude com o tema “Bem- aventurados os misericordiosos, porque encontrarão misericórdia”, o Santo Padre abençoará os ramos e, ao término da procissão, celebrará a Santa Missa na Basílica de São Pedro. A celebração começará às 9h30 (horal local, 5h30 em Brasília).
Na quinta-feira, 24, Francisco presidirá a Missa do Crisma às 9h30 (hora local, 5h30 em Brasília), concelebrando com cardeais, patriarcas, arcebispos e padres presentes em Roma. Já na Sexta-Feira Santa, dia da Paixão do Senhor, o Papa preside a Liturgia da Palavra, Adoração da Cruz e Rito da Comunhão às 17h (13h em Brasília). À noite, presidirá a Via Sacra às 21h15 (horal local, 17h15 em Brasília), ao término da qual dirigirá sua palavra aos fiéis e concederá a Benção Apostólica.
No dia 26 de março, sábado da Vigília Pascal, a celebração começará às 20h30 (hora local, 16h30 em Brasília). Francisco fará a benção do fogo e, após a entrada em procissão do Círio Pascal na Basílica de São Pedro, presidirá a Liturgia da Palavra, a Liturgia Batismal e a Liturgia Eucarística.
No domingo de Páscoa, 27, a Missa presidida pelo Papa será às 10h (hora local, 5h em Brasília). Ao término da celebração, o Papa apresentará sua tradicional mensagem de Páscoa e dará a benção “Urbi et Orbi”, uma benção para todo o mundo.

3ª-FEIRA DA 4ª SEMANA - QUARESMA

1ª Leitura – Ez 47,1-9.12

Vi sair água do lado direito do templo, e
todos os que esta água tocou foram salvos.
Leitura da Profecia de Ezequiel 47,1-9.12 Naqueles dias:
1 O anjo fez-me voltar até a entrada do Templo
e eis que saia água da sua parte subterrânea
na direção leste,
porque o Templo estava voltado para o oriente;
a água corria do lado direito do Templo,
a sul do altar.
2 Ele fez-me sair pela porta que dá para o norte,
e fez-me dar uma volta por fora,
até à porta que dá para o leste,
onde eu vi a água jorrando do lado direito.
3 Quando o homem saiu na direção leste,
tendo uma corda de medir na mão,
mediu quinhentos metros
e fez-me atravessar a água:
ela chegava-me aos tornozelos.
4 Mediu outros quinhentos metros
e fez-me atravessar a água:
ela chegava-me aos joelhos.
5 Mediu mais quinhentos metros
e me fez-me atravessar a água:
ela chegava-me à cintura.
Mediu mais quinhentos metros,
e era um rio que eu não podia atravessar.
Porque as águas haviam crescido tanto,
que se tornaram um rio impossível de atravessar,
a não ser a nado.
6 Ele me disse:
‘Viste, filho do homem?’
Depois fez-me caminhar de volta pela margem do rio.
7 Voltando, eu vi junto à margem muitas árvores,
de um e de outro lado do rio.
8 Então ele me disse:
‘Estas águas correm para a região oriental,
descem para o vale do Jordão,
desembocam nas águas salgadas do mar,
e elas se tornarão saudáveis.
9 Onde o rio chegar,
todos os animais que ali se movem poderão viver.
Haverá peixes em quantidade,
pois ali desembocam as águas que trazem saúde;
e haverá vida onde chegar o rio.
12 Nas margens junto ao rio,
de ambos os lados,
crescerá toda espécie de árvores frutíferas;
suas folhas não murcharão e seus frutos jamais se acabarão:
cada mês darão novos frutos,
pois as águas que banham as árvores saem do santuário.
Seus frutos servirão de alimento
e suas folhas serão remédio’.
Palavra do Senhor.

Salmo – Sl 45, 2-3. 5-6. 8-9 (R. 8)

R. Conosco está o Senhor do Universo!
O nosso refúgio é o Deus de Jacó.
2 O Senhor para nós é refúgio e vigor, *
sempre pronto, mostrou-se um socorro na angústia;
3 assim não tememos, se a terra estremece, *
se os montes desabam, caindo nos mares. R.5 Os braços de um rio vêm trazer alegria *
à Cidade de Deus, à morada do Altíssimo.
6 Quem a pode abalar? Deus está no seu meio! *
Já bem antes da aurora, ele vem ajudá-la. R.
8 Conosco está o Senhor do universo! *
O nosso refúgio é o Deus de Jacó!
9 Vinde ver, contemplai os prodígios de Deus *
e a obra estupenda que fez no universo. R.

Evangelho – Jo 5,1-16

No mesmo instante o homem ficou curado. + Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo São João 5,1-16 1 Houve uma festa dos judeus,
e Jesus foi a Jerusalém.
2 Existe em Jerusalém,
perto da porta das Ovelhas,
uma pscina com cinco pórticos,
chamada Betesda em hebraico.
3 Muitos doentes ficavam ali deitados
-cegos, coxos e paralíticos -,
esperando que a água se movesse.
4 De fato, uma anjo descia, de vez em quando,
e movimentava a água da piscina,
e o primeiro doente que aí entrasse,
depois do borbulhar da água,
ficava curado de qualquer doença que tivesse.
5 Aí se encontrava um homem,
que estava doente havia trinta e oito anos.
6 Jesus viu o homem deitado
e sabendo que estava doente há tanto tempo,
disse-lhe: ‘Queres ficar curado?’
7 O doente respondeu:
‘Senhor, não tenho ninguém que me leve à piscina,
quando a água é agitada.
Quando estou chegando, outro entra na minha frente’.
8 Jesus disse: ‘Levanta-te,
pega na tua cama e anda.’
9 No mesmo instante,
o homem ficou curado,
pegou na sua cama e começou a andar.
Ora, esse dia era um sábado.
10 Por isso,
os judeus disseram ao homem que tinha sido curado:
‘É sábado!
Não te é permitido carregar tua cama.’
11 Ele respondeu-lhes:
‘Aquele que me curou disse:
‘Pega tua cama e anda’.’
12 Então lhe perguntaram:
‘Quem é que te disse:
‘Pega tua cama e anda?’
13 O homem que tinha sido curado não sabia quem fora,
pois Jesus se tinha afastado da multidão
que se encontrava naquele lugar.
14 Mais tarde, Jesus encontrou o homem no Templo
e lhe disse:
‘Eis que estás curado.
Não voltes a pecar,
para que não te aconteça coisa pior’.
15 Então o homem saiu
e contou aos judeus
que tinha sido Jesus quem o havia curado.
16 Por isso, os judeus começaram a perseguir Jesus,
porque fazia tais coisas em dia de sábado.
Palavra da Salvação.

Reflexão – Jo 5, 1-16

Muitas vezes, as pessoas que sofrem diferentes formas de males possuem uma fé muito grande no poder de Deus, mas de algumas formas são impedidas de chegar até ele e receber as suas graças, condição indispensável para a superação de seus males e sofrimentos. É o caso do paralítico, que acreditava no poder de Deus e na cura que viria pela ação do anjo ao agitar a água, mas era impedido pelos outros que entravam primeiro na piscina. Assim também acontece hoje quando criamos uma série de regras e preceitos humanos que dificultam a participação de muitos na vida divina e um relacionamento pessoal com ele, que é a fonte de todas as graças que nos dão vida em abundância.
Fonte: CNBB