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sábado, 19 de março de 2016

SÃO JOSÉ, ESPOSO DE NOSSA SENHORA. SOLENIDADE

1ª Leitura – 2Sm 7,4-5a.12-14a.16

O Senhor lhe dará o trono de Davi, seu pai. (Lc 1,32)
Leitura do Segundo Livro de Samuel 7,4-5a.12-14a.16
Naqueles dias,
4 a palavra do Senhor foi dirigida a Nató nestes termos:
5a “Vai dizer ao meu servo Davi:
`Assim fala o Senhor:
12 Quando chegar o fim dos teus dias
e repousares com teus pais,
então, suscitarei, depois de ti, um filho teu,
e confirmarei a sua realeza.
13 Será ele que construirá uma casa para o meu nome,
e eu firmarei para sempre o seu trono real.
14a Eu serei para ele um pai
e ele será para mim um filho.
16 Tua casa e teu reino
serão estáveis para sempre diante de mim,
e teu trono será firme para sempre'”.
Palavra do Senhor.

Salmo – Sl 88(89),2-3.4-5.27 e 29 (R. 37)

R. Eis que a sua descendência durará eternamente.
2 Â Senhor, eu cantarei eternamente o vosso amor, *
de geração em geração eu cantarei vossa verdade!
3 Porque dissestes: “O amor é garantido para sempre!” *
E a vossa lealdade é tão firme como os céus. R.
4 “Eu firmei uma Aliança com meu servo, meu eleito, *
e eu fiz um juramento a Davi, meu servidor.
5 Para sempre, no teu trono, firmarei tua linhagem, *
de geração em geração garantirei o teu reinado!” R.
27 Ele, então, me invocará: `Â Senhor,vós sois meu Pai, *
sois meu Deus, sois meu Rochedo onde encontro a salvação!’
29 Guardarei eternamente para ele a minha graça *
e com ele firmarei minha Aliança indissolúvel. R.

2ª Leitura – Rm 4,13.16-18.22

Contra toda a humana esperança, ele firmou-se na fé.
Leitura da Carta de São Paulo aos Romanos 4,13.16-18.22Irmãos:
13 Não foi por causa da Lei,
mas por causa da justiça que vem da fé,
que Deus prometeu o mundo como herança a Abraão
ou à sua descendência.
16 É em virtude da fé que alguém se torna herdeiro.
Logo, a condição de herdeiro é uma graça,
um dom gratuito,
e a promessa de Deus continua valendo
para toda a descendência de Abraão,
tanto para a descendência que se apega à Lei,
quanto para a que se apóia somente na fé de Abraão,
que é o pai de todos nós.
17 Pois está escrito:
“Eu fiz de ti pai de muitos povos”.
Ele é pai diante de Deus,
porque creu em Deus
que vivifica os mortos
e faz existir o que antes não existia.
18 Contra toda a humana esperança,
ele firmou-se na esperança e na fé.
Assim, tornou-se pai de muitos povos,
conforme lhe fora dito:
“Assim será a tua posteridade”.
22 Esta sua atitude de fé
lhe foi creditada como justiça.
Palavra do Senhor.

Evangelho – Mt 1,16.18-21.24a

José fez conforme o anjo do Senhor havia mandado. + Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Mateus 1,16.18-21.24a16 Jacó gerou José, o esposo de Maria,
da qual nasceu Jesus, que é chamado o Cristo.
18 A origem de Jesus Cristo foi assim:
Maria, sua mãe, estava prometida em casamento a José,
e, antes de viverem juntos,
ela ficou grávida pela ação do Espírito Santo.
19 José, seu marido, era justo
e, não querendo denunciá-la,
resolveu abandonar Maria, em segredo.
20 Enquanto José pensava nisso,
eis que o anjo do Senhor apareceu-lhe, em sonho,
e lhe disse: “José, Filho de Davi,
não tenhas medo de receber Maria como tua esposa,
porque ela concebeu pela ação do Espírito Santo.
21 Ela dará à luz um filho,
e tu lhe darás o nome de Jesus,
pois ele vai salvar o seu povo dos seus pecados”.
24a Quando acordou, José fez
conforme o anjo do Senhor havia mandado.
Palavra da Salvação.
Leituras Facultativas

Evangelho – Lc 2,41-51a

Teu pai e eu estávamos, angustiados, à tua procura. + Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Lucas 2,41-51a41 Os pais de Jesus iam todos os anos a Jerusalém,
para a festa da Páscoa.
42 Quando ele completou doze anos,
subiram para a festa, como de costume.
43 Passados os dias da Páscoa, começaram a viagem
de volta, mas o menino Jesus ficou em Jerusalém,
sem que seus pais o notassem.
44 Pensando que ele estivesse na caravana,
caminharam um dia inteiro.
Depois começaram a procurá-lo
entre os parentes e conhecidos.
45 Não o tendo encontrado,
voltaram para Jerusalém à sua procura.
46 Três dias depois, o encontraram no Templo.
Estava sentado no meio dos mestres,
escutando e fazendo perguntas.
47 Todos os que ouviam o menino estavam maravilhados
com sua inteligência e suas respostas.
48 Ao vê-lo, seus pais ficaram muito admirados
e sua mãe lhe disse:
“Meu filho, por que agiste assim conosco?
Olha que teu pai e eu estávamos, angustiados,
à tua procura”.
49 Jesus respondeu:
“Por que me procuráveis?
Não sabeis que devo estar na casa de meu Pai?”
50 Eles, porém, não compreenderam
as palavras que lhes dissera.
51a Jesus desceu então com seus pais para Nazaré,
e era-lhes obediente.
Palavra da Salvação.

Reflexão – Mt 1, 16.18-21.24

São José deve servir de modelo para todos nós. O Evangelho de hoje nos mostra muitos pontos da sua pessoa que devem inspirar-nos na vivência da fé e do compromisso com Deus e com a obra da Igreja. José pertence à descendência de Davi, faz parte dos planos de Deus para a salvação do mundo, como nós também fazemos parte dos planos de Deus para a nossa salvação e das demais pessoas. José é definido como justo, que na tradição bíblica corresponde à santidade, e nós devemos aspirar à santidade. Na dúvida, José não fica preso nos seus planos, mas descobre e realiza a vontade de Deus. Da mesma forma, nós devemos muitas vezes fazer um ato de humildade e procurar realizar a vontade de Deus, e não a nossa.
Fonte: CNBB

HOJE É O DIA DE SÃO JOSÉ

São raros os dados sobre as origens, a infância e a juventude de José, o humilde carpinteiro de Nazaré, pai terrestre e adotivo de Jesus Cristo, e esposo da Virgem de todas as virgens, Maria. Sabemos apenas que era descendente   da casa de David. Mas, a parte de sua vida da qual temos todo o conhecimento basta para que sua canonização seja justificada. José é, praticamente, o último elo de ligação entre o Velho e o Novo Testamento, o derradeiro patriarca que recebeu a comunicação de Deus vivo, através do caminho simples dos sonhos. Sobretudo escutou a palavra de Deus vivo.   Escutando no silêncio.
Nas Sagradas Escrituras não há uma palavra sequer pronunciada por José. Mas, sua missão na História da Salvação Humana é das mais importantes: dar um nome a Jesus e fazê-lo descendente de David, necessário para que as profecias se cumprissem. Por isso, na Igreja, José recebeu o título de “homem justo”. A palavra “justo” recorda a sua retidão moral, a sua sincera adesão ao exercício da lei e a sua atitude de abertura total à vontade do Pai celestial. Também nos momentos difíceis e às vezes dramáticos, o humilde carpinteiro de Nazaré nunca arrogou para si mesmo o direito de pôr em discussão o projeto de Deus. Esperou a chamada do Senhor e em silêncio respeitou o mistério, deixando-se orientar pelo Altíssimo.
Quando recebeu a tarefa, cumpriu-a com dócil responsabilidade: escutou solícito o anjo, quando se tratou de tomar como esposa a Virgem de Nazaré, na fuga para o Egito e no regresso para Israel (Mt 1 e 2, 18-25 e13-23). Com poucos mas significativos traços, os evangelistas o descreveram como cuidadoso guardião de Jesus, esposo atento e fiel, que exerceu a autoridade familiar numa constante atitude de serviço. As Sagradas Escrituras nada mais nos dizem sobre ele, mas neste silêncio está encerrado o próprio estilo da sua missão: uma existência vivida no anonimato de todos os dias, mas com uma fé segura na Providência.
Somente uma fé profunda poderia fazer com que alguém se mostrasse tão disponível à vontade de Deus. José amou, acreditou, confiou em Deus e no Messias, com toda sua esperança. Apesar da grande importância de José na vida de Jesus Cristo não há referências da data de sua morte. Os teólogos acreditam que José tenha morrido três anos antes da crucificação de Jesus, ou seja quanto Ele tinha trinta anos.
Por isso, hoje é dia de festa para a Fé. O culto a São José começou no Egito, passando mais tarde para o Ocidente, onde hoje alcança grande popularidade. Em 1870, o Papa Pio IX o proclamou São José, padroeiro universal da Igreja e, a partir de então, passou a ser venerado no dia 19 de março. Porém, em 1955, o Papa Pio XII fixou também, o dia primeiro de maio para celebrar São José, o trabalhador. Enquanto, o Papa João XXIII, inseriu o nome de São José no Cânone romano, durante o seu pontificado.
A Igreja também celebra hoje a memória dos santos: Quintila e Apolônio

UM NOME COMUM ESPECIAL

José é um nome hebraico, muito comum entre nós, cujo significado é “aumento, acréscimo, Deus dê aumento” (Gn 30,24). E que belo nome! Nome honrado, sobretudo por dois grandes personagens bíblicos: no Antigo Testamento, José, o grande provedor do Egito, vendido por seus irmãos e depois vice-rei, figura de Jesus Cristo, e no Novo, São José, esposo da Virgem Maria e pai adotivo de Jesus. O mês de março é a ele dedicado e sua festa, no próximo dia 19.
São José era de família nobre, a família real de Davi. Se a sua família ainda estivesse reinando, ele seria um príncipe. Mas a sua nobreza veio principalmente por ter sido escolhido para esposo e guarda da honra e virgindade daquela que viria a ser a mãe do Filho de Deus feito homem, Jesus.
Quando ele tinha apenas desposado Maria, primeira parte do casamento hebraico, mas antes de recebê-la em casa, ocorreu a Anunciação e a Encarnação do Filho de Deus. Maria objetou ao Anjo mensageiro a impossibilidade de ter um filho, pois “não conhecia varão” (Lc 1,34), isso apesar de ser noiva de José, o que claramente indica o seu voto de virgindade, de pleno conhecimento do seu futuro esposo. O Anjo, da parte de Deus, lhe garantiu que a concepção daquele filho não seria por obra humana, mas sim “por virtude do Espírito Santo” (Mt 1,18). O próprio José, em sonho, foi advertido pelo anjo do que ocorrera. E ele teria como missão ser o guarda daquela Virgem Mãe e pai nutrício daquele Filho, que era realmente o Filho de Deus. E Jesus lhe dava o nome de pai, sendo conhecido como “o filho do carpinteiro” (Mt 13,55), tido por todos “como sendo filho de José” (Lc 3,23).
São José protegeu a Sagrada Família, sobretudo na fuga para o Egito, quando da perseguição de Herodes ao Menino Jesus. Como chefe e protetor da Sagrada Família, ele se tornou o patrono de todas as famílias. E seu modelo de amor, humildade, paciência e obediência a Deus. : “Do exemplo de São José chega a todos um forte convite a desenvolver com fidelidade, simplicidade e modéstia a tarefa que a Providência nos designou” (Bento XVI).
São José é também o padroeiro dos trabalhadores porque, como carpinteiro, sustentava a Sagrada Família com o seu suor e o trabalho de suas mãos. A festa de São José, como padroeiro dos trabalhadores, se comemora no dia 1º de maio, dia do trabalho.
Antigamente havia uma festa especial para honrar o Patrocínio de São José, ou seja, sua proteção, seu amparo. Daí o nome muito comum a pessoas e cidades, Patrocínio e José do Patrocínio, em honra do patrocínio de São José.
Tendo tido a mais bela das mortes, pois morreu assistido por Jesus, que ainda não tinha começado a sua vida pública, e por Maria Santíssima, São José é invocado como padroeiro dos moribundos e patrono da boa morte.
O Papa Pio IX proclamou São José patrono da Igreja, que é a família de Deus. Por tantos gloriosos motivos, São José faz jus à honra e à devoção especial que lhe tributamos.
Dom Fernando Arêas Rifan – Bispo da Administração Apostólica Pessoal São João Maria Vianney

FRANCISCO: UNIDADE, GLÓRIA E MUNDO PARA A MISSÃO

O Papa encontrou-se no final da manhã desta sexta-feira, (18/03), com cerca de 7 mil integrantes do Caminho Neocatecumenal, na Sala Paulo VI.
Muitos dos presentes foram enviados pelo Papa em missão ad gentes. No discurso que lhes dirigiu, Francisco destacou três palavras como um mandato para a missão: unidade, glória e mundo.
Fecundidade
A Igreja não é um instrumento para nós, mas nós somos a Igreja, uma Igreja que é Mãe. Não somos um grupo que segue em frente baseando-se nas suas ideias, mas “uma Mãe que transmite a vida recebida de Jesus” – afirmou o Papa. Uma Igreja fecunda que vive na unidade radicada na fonte do Espírito Santo.
Segunda palavra, Glória: “Jesus preanuncia que será ‘glorificado’ na cruz”. Mas esta não é a glória mundana dos bens e do sucesso, mas uma “glória paradoxal”, sem aplausos, que se “revela na cruz”. “Mas só esta glória torna o Evangelho fecundo” – declarou Francisco.
Anúncio
Finalmente, a palavra mundo: Deus amou tanto o mundo que enviou Jesus. “Mostrai aos filhos o olhar terno do Pai e considerai um dom as realidades que encontrareis” – disse o Pontífice.
No final do seu discurso, Francisco observou que a boa notícia a ser anunciada não deve ser doutrina fria e sem vida: é preciso “evangelizar como famílias, vivendo a unidade e a simplicidade, que já é um anúncio de vida, um belo testemunho”.
Por Rádio Vaticano

sexta-feira, 18 de março de 2016

IGREJA MATRIZ DE NOSSA SENHORA DA GUIA PADROEIRA DO MUNICÍPIO DE ACARI-RN

IGREJA MATRIZ DE NOSSA SENHORA DA GUIA 

MUNICÍPIO DE ACARI NA REGIÃO DO SERIDÓ 

6ª-FEIRA DA 5ª SEMANA - QUARESMA

1ª Leitura – Jr 20,10-13

Ele salvou das mãos dos malvados a vida do pobre.
Leitura do Livro do Profeta Jeremias 20,10-13
Jeremias disse:
10 Eu ouvi as injúrias de tantos homens
e os vi espalhando o medo em redor:
‘Denunciai-o, denunciemo-lo.’
Todos os amigos observavam minhas falhas:
‘Talvez ele cometa um engano e nós poderemos apanhá-lo
e desforrar-nos dele.’
11 Mas o Senhor está ao meu lado, como forte guerreiro;
por isso, os que me perseguem
cairão vencidos.
Por não terem tido êxito,
eles se cobrirão de vergonha.
Eterna infâmia, que nunca se apaga!
12 O Senhor dos exércitos, que provas o homem justo
e vês os sentimentos do coração,
rogo-te me faças ver tua vingança sobre eles;
pois eu te declarei a minha causa.
13 Cantai ao Senhor, louvai o Senhor,
pois ele salvou a vida de um pobre homem
das mãos dos maus.
Palavra do Senhor.

Salmo – Sl 17, 2-3a. 3bc-4. 5-6. 7 (R. Cf. 7)

R. Ao Senhor eu invoquei na minha angústia
e ele escutou a minha voz.
2 Eu vos amo, ó Senhor! Sois minha força, *
3a minha rocha, meu refúgio e Salvador! R.3b Ó meu Deus, sois o rochedo que me abriga, +
3c minha força e poderosa salvação, *
sois meu escudo e proteção: em vós espero!
4 Invocarei o meu Senhor: a ele a glória! *
e dos meus perseguidores serei salvo! R.
5 Ondas da morte me envolveram totalmente, *
e as torrentes da maldade me aterraram;
6 os laços do abismo me amarraram *
e a própria morte me prendeu em suas redes. R.
7 Ao Senhor eu invoquei na minha angústia *
e elevei o meu clamor para o meu Deus;
de seu Templo ele escutou a minha voz, *
e chegou a seus ouvidos o meu grito. R.

Evangelho – Jo 10,31-42

Procuravam prender Jesus,
mas ele escapou-lhes das mãos. + Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo São João 10,31-42Naquele tempo:
31 Os judeus pegaram pedras
para apedrejar Jesus.
32 E ele lhes disse:
‘Por ordem do Pai,
mostrei-vos muitas obras boas.
Por qual delas me quereis apedrejar?’
33 Os judeus responderam:
‘Não queremos te apedrejar por causa das obras boas,
mas por causa de blasfêmia,
porque sendo apenas um homem,
tu te fazes Deus!’
34 Jesus disse:
‘Acaso não está escrito na vossa Lei:
‘Eu disse: vós sois deuses’?
35 Ora, ninguém pode anular a Escritura:
se a Lei chama deuses
as pessoas às quais se dirigiu a palavra de Deus,
36 por que então me acusais de blasfêmia,
quando eu digo que sou Filho de Deus,
eu a quem o Pai consagrou
e enviou ao mundo?
37 Se não faço as obras do meu Pai,
não acrediteis em mim.
38 Mas, se eu as faço,
mesmo que não queirais acreditar em mim,
acreditai nas minhas obras,
para que saibais e reconheçais
que o Pai está em mim e eu no Pai.’
39 Outra vez procuravam prender Jesus,
mas ele escapou das mãos deles.
40 Jesus passou para o outro lado do Jordão,
e foi para o lugar onde, antes, João tinha batizado.
E permaneceu ali.
41 Muitos foram ter com ele,
e diziam:
‘João não realizou nenhum sinal,
mas tudo o que ele disse a respeito deste homem,
é verdade.’
42 E muitos, ali, acreditaram nele.
Palavra da Salvação.

Reflexão – Jo 10, 31-42

Quando a gente não está com o coração aberto, não está disposto a acolher a palavra de Jesus, não querendo de fato assumir um compromisso de fé com Deus e com os irmãos, não buscando novos valores e não querendo uma constante mudança de vida para cada vez mais procurar uma união mais íntima e profunda com Deus, qualquer coisa torna-se motivo para a crítica e para a rejeição de Jesus.
Fonte: CNBB

HOJE É O DIA DE SÃO CIRILO DE JERUSALÉM

Desde o início dos tempos cristãos a heresia se infiltrara na Igreja, mas, foi no século IV, que ocorreram as do arianismo e do “nestorianismo” causando profundas divisões. Cirilo viveu nesse período em Jerusalém, perto de onde nascera em 315, de pais cristãos e bem situados financeiramente. Muito preparado, desde a infância, nas Sagradas Escrituras e nas matérias humanísticas, em 345, foi ordenado sacerdote.
Em 348, foi consagrado, bispo de Jerusalém. Ocupou o cargo durante aproximadamente trinta e cinco anos, dezesseis dos quais passou no exílio, em três ocasiões diferentes. A primeira porque o bispo Acácio, de grande influencia na Igreja, cuja obra foi citada por São Jerônimo, acusou Cirilo de heresia. A segunda por ordem do imperador Constâncio que entendeu ser Cirílo realmente um simpatizante dos hereges, mas em sua defesa atuaram os bispos, Atanásio e Hilário, ambos Padres da Igreja assim como o próprio bispo Cirilo o é. A terceira, foi a mais longa , porque o imperador Valente, este sim herege, decidiu mandar de volta ao exílio todos os bispos anistiados, fato que fez Cirilo peregrinar durante onze anos, por várias cidades da Ásia, até a morte do soberano, em 378.
O seu trabalho, entretanto resistiu a tudo e chegou até nossos dias e especialmente porque ele sabia ensinar o Evangelho, como poucos. Em sua cidade, logo que se tornou sacerdote e no início do episcopado era o responsável por preparar os catecúmenos, isto é, os adultos que se convertiam e iriam ser batizados. Foi nesse período que escreveu dezoito discursos catequéticos, um sermão, a carta ao imperador Constantino e outros pequenos fragmentos. Treze escritos eram dedicados à exposição geral da doutrina e cinco dedicados ao comentário dos ritos Sacramentais da iniciação cristã. Assim, seus escritos explicam detalhadamente os “como” e os “porquês” de cada oração, do batismo, da crisma, da penitência, dos sacramentos e dos mistérios do Cristianismo, ditos dogmas da Igreja.
Cirilo também soube viver a religião na prática. Numa época de grande carestia, por exemplo, não hesitou em vender valiosos vasos litúrgicos e outras preciosidades eclesiásticas, para matar a fome dos pobres da cidade. Ele morreu no ano 386.
Desde o início de sua vida religiosa, Cirilo cujo caráter era afável e suave, sempre preferiu a catequese aos assuntos polêmicos, chegando quase a se comprometer com os arianos e semiarianos. Porém, de maneira contundente aderiu à doutrina ortodoxa da Igreja no III Concílio ecumênico de Constantinopla, em 382, no qual ficou clara sua sempre fiel postura à Santa Sé e à Verdade de Cristo. Nessa oportunidade teve em seu favor a eloquência das vozes dos sinceros bispos e amigos, Atanásio e Hilário, que o chamaram “valente lutador para defender a Igreja dos hereges que negam as verdades de nossa religião”.
Sua canonização demorou porque, durante muito tempo, seu pensamento teológico foi considerado vacilante, como dizem os registros. Em 1882, o Papa Leão XIII, na solenidade em que instituiu sua veneração, honrou São Cirilo de Jerusalém, com os títulos de doutor da Igreja e príncipe dos catequistas católicos.
A Igreja também celebra hoje a memória dos santos: Cristiano e Narciso

PAPA: A COMPAIXÃO É A VERDADEIRA FORÇA DE UMA SOCIEDADE

Papa falou com grupo de universitários que refletem sobre o trabalho da ONU; a eles, destacou o valor da compaixão

Da Redação, com Rádio Vaticano
Papa Francisco pede compaixão e dá exemplo disso realizado ele mesmo gestos concretos / Foto: L'Osservatore Romano
Papa Francisco pede compaixão e dá exemplo disso realizado ele mesmo gestos concretos / Foto: L’Osservatore Romano
A força de uma comunidade é vista pela sua compaixão para com os mais frágeis. Palavras do Papa Francisco aos cerca de três mil participantes do encontro promovido em Roma pela Haward World Model United Nations, a mais diversificada conferência em nível universitário no modelo das Nações Unidas. Eles foram recebidos em audiência pelo Santo Padre nesta quinta-feira, 17, no Vaticano.
Trata-se de uma iniciativa que reúne estudantes universitários de 115 países com o objetivo de fazer compreender a atividade desenvolvida pela ONU e pelos organismos internacionais e formar os líderes mundiais do futuro.
Dirigindo-se aos jovens, Francisco manifestou o desejo de que as Nações Unidas e cada um dos estados-membro estejam sempre dispostos ao serviço de quantos no mundo são mais vulneráveis e marginalizados. O Santo Padre pediu que no centro da atenção esteja sempre a pessoa, porque os problemas têm uma face e atrás de toda dificuldade que o mundo enfrenta, há homens e mulheres, jovens e idosos, “pessoas como nós”, disse Francisco.
“Há famílias e indivíduos que vivem todos os dias lutando, que procuram cuidar dos filhos e de prepará-los não só para o futuro, mas também para as elementares necessidades de hoje. Assim, muitos deles foram atingidos pelos problemas mais graves do mundo atual, pela violência e pela intolerância, tornaram-se refugiados, tragicamente obrigados a abandonar suas casas, privados de sua terra e de sua liberdade”.

Compaixão: força de uma comunidade

Essas pessoas, segundo o Papa, pedem em voz alta para serem ouvidos e são dignos dos esforços humanos para a justiça, a paz e a solidariedade. “A nossa força como comunidade, a qualquer nível de vida e de organização social, repousa não tanto sobre nossas consciências e hábitos pessoais quanto sobre a compaixão que mostramos uns para com os outros, sobre o cuidado que praticamos especialmente com quem não pode cuidar de si mesmo”.

Cuidar do outro, vocação de toda a humanidade

O Papa recordou, por fim, o empenho da Igreja católica em servir aos pobres, aos refugiados, às famílias e proteger a dignidade e os direitos de cada ser humano.
“Nós cristãos acreditamos que Jesus nos chama a servir os nossos irmãos e irmãs, a cuidar dos outros, independente de sua providência e das circunstâncias. Todavia, esse não é só um distintivo dos cristãos, mas é um chamado universal, radicado na nossa comum humanidade, uma coisa que temos dentro como pessoas!”.

quinta-feira, 17 de março de 2016

5ª-FEIRA DA 5ª SEMANA - QUARESMA

1ª Leitura – Gn 17,3-9

Farei de ti o pai de uma multidão de nações.
Leitura do Livro do Gênesis 17,3-9 Naqueles dias:
3 Abrão prostrou-se com o rosto por terra.
4 E Deus lhe disse:
‘Eis a minha aliança contigo:
tu serás pai de uma multidão de nações.
5 Já não te chamarás Abrão,
mas o teu nome será Abraão,
porque farei de ti o pai de uma multidão de nações.
6 Farei crescer tua descendência infinitamente.
Farei nascer de ti nações,
e reis sairão de ti.
7 Estabelecerei minha aliança entre mim e ti
e teus descendentes para sempre;
uma aliança eterna,
para que eu seja teu Deus e o Deus de teus descendentes.
8 A ti e aos teus descendentes
darei a terra em que vives como estrangeiro,
todo o país de Canaã como propriedade para sempre.
E eu serei o Deus dos teus descendentes’.
9 Deus disse a Abraão:
‘Guarda a minha aliança,
tu e a tua descendência para sempre.
Palavra do Senhor.

Salmo – Sl 104, 4-5. 6-7. 8-9 (R. 8a)

R. O Senhor se lembra sempre da Aliança!
4 Procurai o Senhor Deus e seu poder, *
buscai constantemente a sua face!
5 Lembrai as maravilhas que ele fez, *
seus prodígios e as palavras de seus lábios! R.6 Descendentes de Abraão, seu servidor, *
e filhos de Jacó, seu escolhido,
7 ele mesmo, o Senhor, é nosso Deus, *
vigoram suas leis em toda a terra. R.
8 Ele sempre se recorda da Aliança, *
promulgada a incontáveis gerações;
9 da Aliança que ele fez com Abraão, *
e do seu santo juramento a Isaac. R.

Evangelho – Jo 8,51-59

Vosso pai Abraão exultou, por ver o meu dia. + Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo São João 8,51-59Naquele tempo, disse Jesus aos judeus:
51 Em verdade, em verdade, eu vos digo:
se alguém guardar a minha palavra,
jamais verá a morte.’
52 Disseram então os judeus:
‘Agora sabemos que tens um demônio.
Abraão morreu e os profetas também,
e tu dizes:
‘Se alguém guardar a minha palavra
jamais verá a morte’.
53 Acaso és maior do que nosso pai Abraão,
que morreu, como também os profetas?
Quem pretendes tu ser?’
54 Jesus respondeu:
‘Se me glorifico a mim mesmo,
minha glória não vale nada.
Quem me glorifica é o meu Pai,
aquele que vós dizeis ser o vosso Deus.
55 No entanto, não o conheceis.
Mas eu o conheço
e, se dissesse que não o conheço,
seria um mentiroso, como vós!
Mas eu o conheço e guardo a sua palavra.
56 Vosso pai Abraão exultou,
por ver o meu dia;
ele o viu, e alegrou-se.’
57 Os judeus disseram-lhe então:
‘Nem sequer cinqüenta anos tens ,
e viste Abraão!’
58 Jesus respondeu:
‘Em verdade, em verdade vos digo,
antes que Abraão existisse,
eu sou’.
59 Então eles pegaram em pedras para apedrejar Jesus,
mas ele escondeu-se e saiu do Templo.
Palavra da Salvação.

Reflexão – Jo 8, 51-59

O nosso Deus é o Deus da vida e da vida em abundância. Ele é causa de alegria para todos os que verdadeiramente crêem nele e em Jesus ele manifesta todo o amor que tem por nós. Assim sendo, Jesus, que é o Filho do Deus vivo, veio nos ensinar o caminho da verdadeira vida, por isso nos diz que quem guarda a sua palavra jamais verá a morte. E como todos nós desejamos a vida e nos alegramos com ela, Jesus também é a causa de nossa alegria, assim como foi a causa para Abraão exultar de alegria ao ver o seu dia, ao reconhecer o seu Deus como o Deus da vida. Aos que não acreditam nas verdades do Reino de Deus e rejeitam os valores evangélicos, só resta a revolta, a tristeza e a morte.
Fonte: CNBB

HOJE É O DIA DE SÃO PATRÍCIO

Há poucos dados sobre a origem de Patrício, mas os que temos foram tirados do seu livro autobiográfico “Confissão”. Nele, Patrício diz ter nascido numa vila de seu pai, situada na Inglaterra ou Escócia, no ano 377. Era filho de Calpurnius, e neto de um padre e apesar de ter nascido cristão, só na adolescência passou a se dedicar à religião, e aos estudos.
Aos dezesseis anos, foi raptado por piratas irlandeses e vendido como escravo. Levado para a Irlanda foi obrigado a executar duros trabalhos em meio a um povo rude e pagão. Por duas vezes, Patrício tentou a fuga, até que na terceira vez conseguiu se libertar. Embarcou para a Grã-Bretanha e depois para as Gálias, atual França, onde frequentou vários mosteiros e se habilitou para a vida monástica e missionária.
A princípio, acompanhou São Germano do mosteiro de Auxerre, numa missão apostólica na Grã-Bretanha. Mas seu destino parecia mesmo ligado à Irlanda, mesmo porque sua alma piedosa desejava evangelizar aquela nação pagã, que o escravizara. Quando faleceu o Bispo Paládio, responsável pela missão no país, o Papa Celestino I o convocou para dar segmento à missão. Foi consagrado bispo e viajou para a “Ilha Verde”, no ano 432.
Sua obra naquelas terras ficará eternamente gravada na História da Igreja Católica e da própria Humanidade, pois mudou o destino de todo um povo. Em quase três décadas, o bispo Patrício converteu praticamente todo o país. Não contava com apoio político e muito menos usou de violência contra os pagãos. Com isso, não houve repressão também contra os cristãos. O próprio rei Leogário deu o exemplo maior, possibilitando a conversão de toda sua corte. O trabalho desse fantástico e singelo bispo foi tão eficiente que o catolicismo se enraizou na Irlanda, vendo nos anos seguintes florescer um grande número de Santos e evangelizadores missionários.
O método de Patrício para conseguir tanta conversão foi a fundação de incontáveis mosteiros. Esse método foi imitado pela Igreja também na Inglaterra e na evangelização dos alemães do norte da Europa. Promovendo por toda parte a construção e povoação de mosteiros, o bispo Patrício fez da Ilha um centro de irradiação de fé e cultura. Dali partiram centenas de monges missionários que peregrinaram por terras estrangeiras levando o Evangelho. Temos, como exemplo, a atuação dos célebres apóstolos Columbano, Galo, Willibrordo, Tarásio, Donato e tantos outros.
A obra do bispo Patrício interferiu tanto na cultura dos irlandeses, que as lendas heroicas desse povo falam sempre de monges simples com suas aventuras, prodígios e graças, enquanto outras nações têm como protagonistas seus reis e suas façanhas bélicas.
Patrício morreu no dia 17 de março de 461, na cidade de Down, atualmente Downpatrick. Até hoje, no dia de sua festa os irlandeses fixam à roupa um trevo, cuja folha se divide em três, numa homenagem ao venerado São Patrício que o usava para exemplificar melhor o sentido do mistério da Santíssima Trindade: “um só Deus em três pessoas”.
A data de 17 de março há séculos marca a festa de São Patrício, a glória da Irlanda. Os irlandeses sempre sentiram um enorme orgulho de sua pátria, tanto, por ter ela nascido na chamada Ilha dos Santos, quanto, por ter sido convertida pelo venerado bispo. Só na Irlanda existem duzentos santuários erguidos em honra a São Patrício, seu padroeiro.
A Igreja também celebra hoje a memória dos santos: José de Arimateia e Paulo de Constantinopla.

SEMANA SANTA

A expressão, “Semana Santa”, já fala por si mesma. Uma Semana de muitos significados, rica de celebrações, de conteúdo histórico e de uma espiritualidade centrada na Pessoa de Jesus Cristo. Nela encerramos a Quaresma, o tempo de preparação para a vivência da paixão, morte e ressurreição do Filho de Deus, cumprindo aquilo que foi anunciado pelas diversas profecias bíblicas.
A Semana Santa começa com o Domingo de Ramos. Revive-se a entrada triunfal de Jesus em Jerusalém, montado em um jumentinho, condução das mais simples da população daquele tempo. A forma como Ele foi acolhido pelo povo foi o estopim que terminou com sua morte na cruz. Até parece que Jesus tenha sido uma liderança falida, mas, livremente, deu a vida pelo povo.
Duas palavras resumem perfeitamente a vida de Jesus no contexto do que aconteceu com Ele nas cenas da Semana Santa: justiça e fidelidade. São temos que desafiam a prática da sociedade brasileira. A cultura moderna criou o vício da injustiça e da infidelidade. Parece que não são mais valores que exprimem uma realidade divina e princípios norteadores da identidade das pessoas.
Levando em consideração as ações desonestas presentes em todas as camadas da sociedade, a imagem é de uma humanidade decaída. Muitos valores precisam ser recuperados, mas é necessário ter vontade política, que só acontece através de um investimento na educação com qualidade. Não é fácil formar a consciência das pessoas, principalmente já poluídas de maldade.
Na morte de Jesus estava contido o destino da vida da humanidade. Isso não é considerado por quem não compreende os apelos dos profetas. Tornam-se comuns as situações de infidelidade e rebeldia, surgindo as mortes, não por amor e doação, como a de Cristo, mas expressão forte de violência fratricida, desconsiderando a dignidade e a presença de Deus na vida das pessoas.
Buscamos privilégios, às vezes, a “ferro e fogo”, deixando de lado o respeito pela coletividade. Jesus, apresentado como Rei, despojou-se de todo tipo de privilégio e se fez servo de todos. Por isso foi exaltado por Deus. Viver a Semana Santa significa aprender com Jesus a real capacidade de doação, fazendo um caminho de fraternidade e de construção de vidas ressuscitadas.
Por Dom Paulo Mendes Peixoto – Arcebispo de Uberaba

quarta-feira, 16 de março de 2016

4ª-FEIRA DA 5ª SEMANA - QUARESMA

1ª Leitura – Dn 3,14-20.24.49a.91-92.95

Enviou seu anjo e libertou seus servos.
Leitura da Profecia de Daniel 3,14-20.24.49a.91-92.95 Naqueles dias:
14 O rei Nabucodonosor tomou a palavra e disse:
‘É verdade, Sidrac, Misac e Abdênago,
que não prestais culto a meus deuses
e não adorais a estátua de ouro
que mandei erguer?
15 E agora, quando ouvirdes tocar trombeta,
flauta, cítara, harpa, saltério e gaitas,
e toda espécie de instrumentos,
estais prontos a prostrar-vos
e adorar a estátua que mandei fazer?
Mas, se não fizerdes adoração,
no mesmo instante
sereis atirados na fornalha de fogo ardente;
e qual é o deus
que poderá libertar-vos de minhas mãos?
16 Sidrac, Misac e Abdênago
responderam ao rei Nabucodonosor:
‘Não há necessidade de te respondermos sobre isto:
17 se o nosso Deus, a quem rendemos culto,
pode livrar-nos da fornalha de fogo ardente,
ele também poderá libertar-nos de tuas mãos, ó rei.
18 Mas, se ele não quiser libertar-nos,
fica sabendo, ó rei,
que nós não prestaremos culto a teus deuses
e tampouco adoraremos a estátua de ouro
que mandaste fazer’.
19 A estas palavras,
Nabucodonosor encheu-se de cólera
contra Sidrac, Misac e Abdênago,
a ponto de se alterar a expressão do rosto;
deu ordem para acender a fornalha
com sete vezes mais fogo que de costume;
20 e encarregou os soldados mais fortes do exército
para amarrarem Sidrac, Misac e Adbênago
e os lançarem na fornalha de fogo ardente.
24 Os três jovens andavam de cá para lá
no meio das chamas,
entoando hinos a Deus e bendizendo ao Senhor.
49a Mas o anjo do Senhor
tinha descido simultaneamente na fornalha
para junto de Azarias e seus companheiros.
91 O rei Nabucodonosor,
tomado de pasmo, levantou-se apressadamente,
e perguntou a seus ministros:
‘Porventura, não lançamos três homens bem amarrados
no meio do fogo?’
Responderam ao rei:
‘É verdade, ó rei’.
92 Disse este:
‘Mas eu estou vendo quatro homens
andando livremente no meio do fogo,
sem sofrerem nenhum mal,
e o aspecto do quarto homem
é semelhante ao de um filho de Deus.’
95 Exclamou Nabucodonosor:
‘Bendito seja o Deus de Sidrac, Misac e Abdênago,
que enviou seu anjo e libertou seus servos,
que puseram nele sua confiança
e transgrediram o decreto do rei,
preferindo entregar suas vidas
a servir e adorar qualquer outro Deus
que não fosse o seu Deus.
Palavra do Senhor.

Salmo – Dn 3, 52. 53. 54. 55. 56 (R. 52b)

R. A vós louvor, honra e glória eternamente!
52 Sede bendito, Senhor Deus de nossos pais.*
Sede bendito, nome santo e glorioso. R.53 No templo santo onde refulge a vossa glória. R.
54 E em vosso trono de poder vitorioso. R.
55 Sede bendito, que sondais as profundezas*
e superior aos querubins vos assentais. R.
56 Sede bendito no celeste firmamento. R.

Evangelho – Jo 8,31-42

Se o Filho vos libertar, sereis verdadeiramente livres. + Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo São João 8,31-42 Naquele tempo:
31 Jesus disse aos judeus que nele tinham acreditado:
‘Se permanecerdes na minha palavra,
sereis verdadeiramente meus discípulos,
32 e conhecereis a verdade,
e a verdade vos libertará.’
33 Responderam eles:
‘Somos descendentes de Abraão,
e nunca fomos escravos de ninguém.
Como podes dizer:
`Vós vos tornareis livres’?’
34 Jesus respondeu:
‘Em verdade, em verdade vos digo,
todo aquele que comete pecado é escravo do pecado.
35 O escravo não permanece para sempre numa família,
mas o filho permanece nela para sempre.
36 Se, pois, o Filho vos libertar,
sereis verdadeiramente livres.
37 Bem sei que sois descendentes de Abraão;
no entanto, procurais matar-me,
porque a minha palavra não é acolhida por vós.
38 Eu falo o que vi junto do Pai;
e vós fazeis o que ouvistes do vosso pai.’
39 Eles responderam então:
‘O nosso pai é Abraão.’
Disse-lhes Jesus:
‘Se sois filhos de Abraão,
praticai as obras de Abraão!
40 Mas agora, vós procurais matar-me, a mim,
que vos falei a verdade
que ouvi de Deus.
Isto, Abraão não o fez.
41 Vós fazeis as obras do vosso pai.’
Disseram-lhe, então:
‘Nós não nascemos do adultério,
temos um só pai: Deus.’
42 Respondeu-lhes Jesus:
‘Se Deus fosse vosso Pai,
vós certamente me amaríeis,
porque de Deus é que eu saí, e vim.
Não vim por mim mesmo,
mas foi ele que me enviou.
Palavra da Salvação.

Reflexão – Jo 8, 31-42

Em que consiste a liberdade? A resposta a esta pergunta sempre nos parece clara, mas só à primeira vista. O Evangelho de hoje nos mostra que os judeus pensaram que eram livres e, no entanto, não eram, porque existem muitas formas sutis de escravidão, sendo que as piores são as nossas tendências ao mal, as nossas imaturidades e as nossas fraquezas, e são piores porque brotam no nosso interior, nos enganando, porque pensamos que estamos fazendo a nossa vontade quando na verdade estamos cedendo aos nossos desejos, que não nos deixam ser livres. Somente permanecendo unidos a Cristo é que podemos vencer a nossa natureza e sermos verdadeiramente livres.
Fonte: CNBB

HOJE É O DIA DE SÃO HERIBERTO

Heriberto foi arcebispo de Colônia, na Alemanha, ainda muito moço, pois sua religiosidade brotara ainda na infância. Conta   a história que, no dia em que nasceu, em 970, filho de descendentes dos condes de Worms, notou-se uma extraordinária luz pairando sobre a casa de seus pais. O fenômeno teria durado várias horas e marcado para sempre a vida de Heriberto, que caminhou reto para o caminho da santidade.
Como desde pequeno mostrava vocação para a religião e os estudos, seus pais o entregaram ao convento de Gorze. Ali, Heriberto descobriu para si e para o mundo que era extremamente talentoso, mas decidiu-se pela ordenação sacerdotal, que ocorreu em 995. Com o decorrer do tempo cursou diversas escolas, chegando a ser considerado o homem mais sábio de seu tempo. E foi nesta condição que o imperador Oton III o nomeou chanceler, seu assessor de maior confiança. Sua fama e popularidade cresceram, não só devido à sabedoria, mas também pela humildade e a caridade que praticava com todos. Assim, foi eleito bispo de Colônia, em 999.
Quando Oton III morreu, o imperador que o sucedeu, Henrique II, também acabou tornando-se admirador de Heriberto, apesar da oposição que lhe fez no início. Uma vez que o bispo Heriberto o consagrou rei sem nenhuma contestação. E por fim o novo rei Henrique II o chamou para ser seu conselheiro.
Então, a obra caridosa do bispo pôde então continuar. Os registros mostraram que, depois de fundar um hospital para os pobres, Heriberto visitava os doentes todos os dias, cuidando deles pessoalmente. Diz a tradição que, certa vez, houve na cidade uma grande seca, ficando sem chover por meses. O bispo comandou um jejum de três dias e, finalmente, uma procissão de penitência pedindo chuva aos céus. Como nem assim choveu, Heriberto comovido começou a chorar na frente do povo, culpando-se pela seca. Dizia que seus pecados é que impediam Deus de fazer misericórdia. Mas, um fato prodigioso aconteceu nesse momento, imediatamente o céu escureceu e uma forte chuva caiu sobre a cidade, durando alguns dias e pondo fim à estiagem.
Com fama de santidade ainda em vida, o bispo Heriberto morreu no dia 16 de março de 1021, numa viagem de visita pastoral à cidade de Deutz, onde contraiu uma febre maligna que assolava a população. Suas relíquias estão na catedral dessa cidade, na Colônia, Alemanha. Na igreja que ele mesmo fundou junto com o mosteiro ao lado, que foi entregue aos beneditinos.
Amado pelos fiéis a peregrinação à sua sepultura difundiu seu culto que se tornou vigoroso em toda a Europa, especialmente na Itália e na Alemanha, país de sua origem. Foi canonizado em 1227, pelo Papa Gregório IX que autorizou o culto à Santo Heriberto, já tradicionalmente festejado pelos devotos no dia 16 de março.
A Igreja também celebra hoje a memória dos santos: Carlos Garnier, Taciano e Antônio Daniel