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sábado, 16 de abril de 2016

SÁBADO DA 3ª SEMANA DA PÁSCOA

1ª Leitura – At 9,31-42

A Igreja consolidava-se e
crescia em número com a ajuda do Espírito Santo.
Leitura dos Atos dos Apóstolos 9,31-42 Naqueles dias:
31 A Igreja, vivia em paz
em toda a Judéia, Galiléia e Samaria.
Ela consolidava-se e progredia no temor do Senhor
e crescia em número com a ajuda do Espírito Santo.
32 Pedro percorria todos os lugares;
e visitou também os fiéis que moravam em Lida.
33 Encontrou aí um homem chamado Enéias,
que estava paralítico
e, há oito anos, jazia numa cama.
34 Pedro disse-lhe: ‘Enéias,
Jesus Cristo te cura!
Levanta-te e arruma a tua cama!’
Imediatamente Enéias se levantou.
35 Todos os habitantes de Lida e da região do Saron
viram isso e se converteram ao Senhor.
36 Em Jope, havia uma discípula chamada Tabita,
nome que quer dizer Gazela.
Eram muitas as boas obras que fazia e as esmolas que dava.
37 Naqueles dias ela ficou doente e morreu.
Então lavaram seu corpo
e o colocaram no andar superior da casa.
38 Como Lida ficava perto de Jope,
e ouvindo dizer que Pedro estava lá,
os discípulos mandaram dois homens com um recado:
‘Vem depressa até nós!’
39 Pedro partiu imediatamente com eles.
Assim que chegou,
levaram-no ao andar superior,
onde todas as viúvas foram ao seu encontro.
Chorando, elas mostravam a Pedro
as túnicas e mantos que Tabita havia feito,
quando vivia com elas.
40 Pedro mandou que todos saíssem.
Em seguida, pôs-se de joelhos e rezou.
Depois, voltou-se para o corpo e disse:
‘Tabita, levanta-te!’
ela então abriu os olhos, viu Pedro e sentou-se.
41 Pedro deu-lhe a mão e ajudou-a a levantar-se.
Depois chamou os fiéis e as viúvas
e apresentou-lhes Tabita viva.
42 O fato ficou conhecido em toda a cidade de Jope
e muitos acreditaram no Senhor.
Palavra do Senhor.

Salmo – Sl 115, 12-13. 14-15. 16-17 (R. 12)

R. Que poderei retribuir ao Senhor Deus,
por tudo aquilo que ele fez em meu favor?
Ou: Aleluia, Aleluia, Aleluia
12 Que poderei retribuir ao Senhor Deus*
por tudo aquilo que ele fez em meu favor?
13 Elevo o cálice da minha salvação,*
invocando o nome santo do Senhor. R.14 Vou cumprir minhas promessas ao Senhor*
na presença de seu povo reunido.
15 É sentida por demais pelo Senhor*
a morte de seus santos, seus amigos. R.
16 Eis que sou o vosso servo, ó Senhor,
que nasceu de vossa serva;*
mas me quebrastes os grilhões da escravidóo!
17 Por isso oferto um sacrifício de louvor,*
invocando o nome santo do Senhor. R.

Evangelho – Jo 6,60-69

A quem iremos? Tu tens palavras de vida eterna.
+ Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo João 6,60-69
Naquele tempo:
60 muitos dos discípulos de Jesus
que o escutaram, disseram:
‘Esta palavra é dura.
Quem consegue escutá-la?’
61 Sabendo que seus discípulos estavam murmurando
por causa disso mesmo,
Jesus perguntou:
‘Isto vos escandaliza?
62 E quando virdes o Filho do Homem
subindo para onde estava antes?
63 O Espírito é que dá vida,
a carne não adianta nada.
As palavras que vos falei são espírito e vida.
64 Mas entre vós há alguns que não crêem’.
Jesus sabia, desde o início,
quem eram os que não tinham fé
e quem havia de entregá-lo.
65 E acrescentou:
‘É por isso que vos disse:
ninguém pode vir a mim
a não ser que lhe seja concedido pelo Pai’.
66 A partir daquele momento,
muitos discípulos voltaram atrás
e não andavam mais com ele.
67 Então, Jesus disse aos doze:
‘Vós também vos quereis ir embora?’
68 Simão Pedro respondeu:
‘A quem iremos, Senhor?
Tu tens palavras de vida eterna.
69 Nós cremos firmemente e reconhecemos
que tu és o Santo de Deus’.
Palavra da Salvação.

Reflexão – Jo 6, 60-69

Muitas pessoas querem conhecer Jesus e ouvir tudo o que ele tem para dizer, mas não querem escutar tudo, mas sim apenas alguns pontos que lhes interessam para a satisfação dos seus desejos e necessidades. Quando essas pessoas ouvem tudo o que Jesus tem para dizer, se escandalizam, afastam-se dele e não querem mais segui-lo. De fato, é muito fácil dizer que Jesus tem palavras muito bonitas, mas nem sempre é fácil aceitar as exigências do Evangelho. Porém, não podemos nos esquecer que somente Jesus tem palavras de vida eterna, e que só consegue ouvir de fato as palavras de vida eterna quem crê firmemente que ele é o Santo de Deus e busca imitá-lo verdadeiramente na busca da santidade.
Fonte: CNBB

HOJE É O DIA DE SANTA BERNADETE SOUBIROUS

Bernarda, era o nome a filha de Francisco Soubirous e Luisa Casterot, nascida em 7 de janeiro de 1844, em Lourdes, uma região montanhosa da França, os famosos Pirineus. Mas era chamada pela forma carinhosa do nome no diminutivo: Bernadete. A família de camponeses era numerosa, religiosa e muito pobre. Desde a infância, a pequena tinha problemas de saúde em consequência da asma. Era analfabeta, mas tinha aprendido a rezar o terço, o que fazia diariamente enquanto cuidava dos afazeres da casa.
Numa tarde úmida e fria, Bernadete foi, junto com a irmãzinha e algumas companheiras, procurar gravetos. Tinham de atravessar um riacho, mas ela se atrasou porque ficou com receio de molhar os pés, quando ouviu um barulho nos arbustos, ergueu os olhos e viu uma luz, dentro da gruta natural na encosta da montanha. Olhando melhor, viu Nossa Senhora vestida de branco, faixa azul na cintura, terço entre as mãos, que a chamou para rezar. Era o dia 11 de fevereiro de 1858.
Quando chegaram em casa, a sua irmãzinha contou o ocorrido para os pais, que a proibiram de sair de casa. Bernadete chorou muito e adoeceu, então os pais deixaram que ela voltasse para lá. A aparição se repetiu, sete dias depois, quando Nossa Senhora lhe disse: “Não te prometo a felicidade neste mundo, mas no outro”. Voltou mais dezoito vezes, até 16 de julho, na gruta de Massabielle, nos montes Pirineus.
O pároco da diocese, no início, mostrou-se incrédulo quanto às aparições, por isso disse a Bernadete: “Peça a essa senhora que diga o seu nome”. A resposta foi: “Eu sou a Imaculada Conceição”. O que mais se admirou em Bernadete foi a sua modéstia, autenticidade e simplicidade. Compreendeu que tinha sido escolhida como instrumento para a mensagem que a Virgem queria transmitir ao mundo, que era a conversão, a necessidade de rezar o terço e o seu próprio nome: “Imaculada Conceição”.
Bernadete sofreu muitas e pesadas provações para ser acreditada em suas visões, que só os numerosos milagres confirmaram como obra divina. Enquanto o Santuário de Nossa Senhora de Lourdes se tornava um dos lugares mais visitados pelos peregrinos do mundo e a água da fonte era considerada milagrosa pelos devotos, Bernadete se recolhia na sombra.
Ingressou na Congregação das Irmãs de Caridade de Nevers, sendo admitida no noviciado seis anos depois por motivo de saúde. Ao tomar o hábito definitivo, recebeu o nome de Maria Bernarda. Mas nunca recebeu um privilégio das irmãs, parecia que essa frieza fazia parte de sua provação. Sempre bem-humorada, trabalhou como enfermeira no interior do convento, depois foi sacristã. Contudo sua doença se agravou e ela viveu nove anos numa cama, entre a vida e a morte.
Rezava não para livrar-se do sofrimento, mas para ter paciência e forças para tudo suportar, pois queria purificar-se para poder rever Nossa Senhora. Bernadete morreu em 16 de abril de 1879. O papa Pio XI canonizou-a em 8 de dezembro de 1933, dia da Imaculada Conceição, designando sua festa para o dia de sua morte.
A Igreja também celebra hoje a memória dos santos: Calisto de Corinto, Júlia e Marçal.

''HUMILHAÇÕES AUMENTAM NOSSA CAPACIDADE DE AMAR''

A um coração duro, que decide se abrir com ‘docilidade’ a seu Espírito, Deus dá sempre a graça e a ‘dignidade’ de se erguer, se necessário, até com a humilhação. Foi a afirmação feita pelo Papa na homilia da missa da manhã desta sexta-feira, (15/04), celebrada na Casa Santa Marta, comentando o trecho bíblico da conversão de São Paulo.
Zelar pelas coisas sagradas não significa ter um coração aberto a Deus. O Papa citou o exemplo de um homem firme na fidelidade aos princípios de sua fé, Paulo de Tarso, mas com o ‘coração fechado’, totalmente surdo a Cristo, que concordava em exterminar seus seguidores a ponto de autorizar a acorrentar aqueles que viviam em Damasco.
A humilhação que toca o coração
Tudo se reverte justamente no caminho que o leva a esta meta; e a de Paulo se torna a “história de um homem que deixa que Deus mude o coração”. Paulo é envolvido por uma luz potente, sente uma voz que o chama, cai e fica momentaneamente cego. “Saulo o forte, o seguro, estava no chão”, comentou Francisco. Naquela condição, sublinhou, “compreende a sua verdade: não era um homem como Deus queria, porque Deus criou todos nós para estarmos em pé, com a cabeça erguida”. Mas a voz do céu não diz apenas “Por que me segues?”, mas o convida a se levantar:
“Levanta-te e te será dito, deves ainda aprender”. E quando começou a se erguer, não conseguia e percebeu que estava cego: naquele momento havia perdido a visão. ‘E se deixou guiar’: o coração começou a se abrir. Assim, levando-o pela mão, os homens que estavam com ele o conduziram a Damasco, aonde por três dias não pôde ver, não comeu e nem bebeu. Este homem estava no chão, mas logo entendeu que deveria aceitar esta humilhação. A humilhação é o caminho para abrir o coração. Quando o Senhor nos envia humilhações ou permite que elas venham, é justamente para isso: para que o coração se abra, seja dócil, se converta ao Senhor Jesus.
Espírito Santo protagonista
O coração de Paulo se derrete. O que muda, naqueles dias de solidão e cegueira, é a sua vista interior. Depois, Deus lhe envia Ananias, que lhe impõe as mãos e também os olhos de Saulo voltam a enxergar. Mas há um aspecto desta dinâmica, afirmou o Papa, que deve ser ressaltado:
“Recordamos que o protagonista destas histórias não são nem os doutores da lei, nem Estêvão, nem Filipe, nem o eunuco, nem Saulo… É o Espírito Santo. O protagonista da Igreja é o Espírito Santo que conduz o povo de Deus. E, imediatamente, caíram dos olhos de Saulo algo como que escamas e ele recuperou a vista. Levantou-se e foi batizado. A dureza do coração de Paulo – Saulo, Paulo – se transforma em docilidade ao Espírito Santo”.
A dignidade de se reerguer
“É belo – concluiu Francisco – ver como Senhor é capaz de mudar os corações” e fazer que “um coração duro, teimoso, se torne um coração dócil ao Espírito”.
“Todos nós temos durezas no coração, todos nós. Se alguém de vocês não têm, levante a mão, por favor. Peçamos ao Senhor que nos mostre que estas durezas nos jogam no chão. Que nos envie a graça e também – se necessário – as humilhações, para não ficarmos no chão, mas levantarmo-nos, com a dignidade com a qual Deus nos criou, ou seja, com a graça de um coração aberto e dócil ao Espírito Santo”.
Por Rádio Vaticano

sexta-feira, 15 de abril de 2016

6ª-FEIRA DA 3ª SEMANA DA PÁSCOA

1ª Leitura – At 9,1-20

Esse homem é o instrumento que escolhi
para anunciar o meu nome aos pagãos.
Leitura dos Atos dos Apóstolos 9,1-20 Naqueles dias:
1 Saulo só respirava ameaças e morte
contra os discípulos do Senhor.
Ele apresentou-se ao Sumo sacerdote
2 e pediu-lhe cartas de recomendação
para as sinagogas de Damasco,
a fim de levar presos para Jerusalém
os homens e mulheres
que encontrasse seguindo o Caminho.
3 Durante a viagem, quando já estava perto de Damasco,
Saulo, de repente,
viu-se cercado por uma luz que vinha do céu.
4 Caindo por terra, ele ouviu uma voz que lhe dizia:
‘Saulo, Saulo, por que me persegues?’
5 Saulo perguntou: ‘Quem és tu, Senhor?’
A voz respondeu:
‘Eu sou Jesus, a quem tu estás perseguindo.
6 Agora, levanta-te, entra na cidade,
e ali te será dito o que deves fazer.’
7 Os homens que acompanhavam Saulo
ficaram mudos de espanto,
porque ouviam a voz, mas não viam ninguém.
8 Saulo levantou-se do chão
e abriu os olhos, mas não conseguia ver nada.
Então pegaram nele pela mão e levaram-no para Damasco.
9 Saulo ficou três dias sem poder ver.
E não comeu nem bebeu.
10 Em Damasco, havia um discípulo chamado Ananias.
O Senhor o chamou numa visão: ‘Ananias!’
E Ananias respondeu: ‘Aqui estou, Senhor!’
11 O Senhor lhe disse:
‘Levanta-te, vai à rua que se chama Direita
e procura, na casa de Judas,
por um homem de Tarso chamado Saulo.
Ele está rezando.’
12 E, numa visão, Saulo contemplou
um homem chamado Ananias, entrando e impondo-lhe as mãos
para que recuperasse a vista.
13 Ananias respondeu:
‘Senhor, já ouvi muitos falarem desse homem
e do mal que fez aos teus fiéis
que estão em Jerusalém.
14 E aqui em Damasco ele tem plenos poderes,
recebidos dos sumos sacerdotes,
para prender todos os que invocam o teu nome.’
15 Mas o Senhor disse a Ananias:
‘Vai, porque esse homem é um instrumento que escolhi
para anunciar o meu nome aos pagãos,
aos reis e ao povo de Israel.
16 Eu vou mostrar-lhe
quanto ele deve sofrer por minha causa.’
17 Então Ananias saiu, entrou na casa,
e impôs as mãos sobre Saulo, dizendo:
‘Saulo, meu irmão, o Senhor Jesus,
que te apareceu quando vinhas no caminho,
ele me mandou aqui para que tu recuperes a vista
e fiques cheio do Espírito Santo.’
18 Imediatamente caíram dos olhos de Saulo como que escamas
e ele recuperou a vista.
Em seguida, Saulo levantou-se e foi batizado.
19 Tendo tomado alimento, sentiu-se reconfortado.
Saulo passou alguns dias com os discípulos de Damasco,
20 e logo começou a pregar nas sinagogas,
afirmando que Jesus é o Filho de Deus.
Palavra do Senhor.

Salmo – Sl 116, 1. 2 (R. Mc 16,15)

R. Ide, por todo o mundo, e a todos pregai o Evangelho.
Ou: Aleluia, Aleluia, Aleluia
1 Cantai louvores ao Senhor, todas as gentes,*
povos todos, festejai-o! R.2 Pois comprovado é seu amor para conosco,*
para sempre ele é fiel! R.

Evangelho – Jo 6,52-59

A minha carne é verdadeira comida
e o meu sangue, verdadeira bebida. + Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo São João 6,52-59 Naquele tempo:
52 Os judeus discutiam entre si, dizendo:
‘Como é que ele pode dar a sua carne a comer?’
53 Então Jesus disse:
‘Em verdade, em verdade vos digo,
se não comerdes a carne do Filho do Homem
e não beberdes o seu sangue,
não tereis a vida em vós.
54 Quem come a minha carne
e bebe o meu sangue
tem a vida eterna,
e eu o ressuscitarei no último dia.
55 Porque a minha carne é verdadeira comida
e o meu sangue, verdadeira bebida.
56 Quem come a minha carne
e bebe o meu sangue
permanece em mim e eu nele.
57 Como o Pai, que vive, me enviou,
e eu vivo por causa do Pai,
assim o que me come
viverá por causa de mim.
58 Este é o pão que desceu do céu.
Não é como aquele que os vossos pais comeram.
Eles morreram.
Aquele que come este pão viverá para sempre.’
59 Assim falou Jesus,
ensinando na sinagoga em Cafarnaum.
Palavra da Salvação.

Reflexão – Jo 6, 52-59

Como pode ele dar a sua carne a comer? Como entender que para ter a vida eterna e ressuscitar no último dia é preciso comer a verdadeira comida e beber a verdadeira bebida que são a carne e o sangue de Jesus? Essas verdades se constituem numa realidade absurda para os judeus. Por que? Porque eles não conheceram verdadeiramente quem é Jesus. No mundo de hoje, encontramos muitas pessoas que, como os judeus, não conhecem Jesus e vêem a eucaristia como uma realidade absurda. Precisamos agir como missionários para que essas pessoas conheçam Jesus, se alimentem da verdadeira comida e da verdadeira bebida e vivam para sempre.
Fonte: CNBB

HOJE É O DIA DE SÃO BENEDITO JOSÉ LABRE

Neste mundo somos todos peregrinos no vale de lágrimas; caminhamos sempre pela estrada segura da religião, na fé, esperança, caridade, humildade, oração, paciência e mortificação cristãs, para chegarmos à nossa pátria.” Essa era uma das máximas preferidas de são Benedito José Labre, que corresponde inteiramente ao testemunho de sua vida. Dos 35 anos que viveu, pelo menos 13 passou-os como peregrino na estrada. Por isso apelidaram-no com justiça “o vagabundo de Deus” ou ainda “o cigano de Cristo”, expressões mais benignas que “o santo dos piolhos”, como também foi chamado.
Benedito José Labre nasceu em Amettes, próximo de Arras, no dia 26 de março de 1748, o primeiro de 15 filhos de modestos agricultores. Fez alguns estudos na escola do vilarejo e aprendeu os primeiros rudimentos de latim com um tio materno. Mais propenso à vida contemplativa que ao ministério sacerdotal, solicitou em vão aos pais a licença para se fazer monge trapista. Só aos 18 anos pôde fazer pedido de ingresso à tropa de santa Aldegonda, mas o parecer
dos monges foi contrário. A mesma recusa recebeu dos monges cistercienses de Montagne na Normandia, aonde chegou após ter percorrido a pé 60 léguas em pleno inverno. Apenas seis semanas durou sua estada na Cartuxa de Neuville, e pouco mais demorou-se na abadia cisterciense de SeptFons, da qual porém sempre carregaria a túnica e o escapulário de noviço.
Aos 22 anos tomou a grande decisão: seu mosteiro seria a estrada e mais precisamente as estradas de Roma. No saco de pobre peregrino carregava todos os seus tesouros: o Novo Testamento, a Imitação de Cristo e o breviário que rezava todos os dias. No peito carregava um crucifixo, no pescoço um terço e nas mãos um rosário. Comia apenas um pedaço de pão e alguma erva. Não pedia a caridade e, se a recebia, apressava-se a repartir com os outros pobres, mesmo se corresse o risco de que o doador, percebendo, ficasse desgostoso, como realmente aconteceu um dia em que levou até pancadas. De noite repousava entre as ruínas do Coliseu e durante o dia passava em orações contemplativas e em peregrinações aos vários santuários: o seu santuário preferido foi o de Loreto.
Morreu extenuado dos maus-tratos e da absoluta falta de higiene aos 16 de abril de 1783, nos fundos da casa do açougueiro Zacarelli, perto da igreja de santa Maria dos Montes, onde foi sepultado com um grande afluxo de povo. Foi canonizado em 1881 pelo papa Leão XIII.


PAPA: A DOCILIDADE AO ESPÍRITO LEVA AVANTE A IGREJA, NÃO A LEI

É preciso ser dóceis ao Espírito Santo, não apresentar resistência. Foi o que destacou Francisco na Missa celebrada na manhã de quinta-feira (14/04) na capela da Casa Santa Marta.
Em sua homilia, o Papa se inspirou na primeira leitura, extraída dos Atos dos Apóstolos, em que Filipe evangeliza o etíope, alto funcionário da rainha Candace.
Não resistir ao Espírito com a desculpa da fidelidade à lei
O protagonista deste encontro, de fato, não é Filipe nem mesmo o etíope, mas o próprio Espírito. “É Ele que faz as coisas. É o Espírito que faz nascer e crescer a Igreja”:
“Nos dias passados, a Igreja nos propôs o drama da resistência ao Espírito: os corações fechados, duros, tolos, que resistem ao Espírito. Viam os fatos – a cura do paralítico feita por Pedro e João na Porta Formosa do Templo; as palavras e as grandes coisas que fazia Estêvão… – mas ficaram fechados a esses sinais do Espírito e resistiram a Ele. E buscavam justificar essa resistência com uma suposta fidelidade à lei, isto é, à letra da lei”.
Hoje, disse o Papa referindo-se às Leituras, “a Igreja nos propõe o oposto: não a resistência ao Espírito, mas a docilidade a Ele, que é justamente a atitude do cristão”. “Ser dóceis ao Espírito – reiterou – e esta docilidade faz de modo que o Espírito possa agir e ir avante para construir a Igreja”. O Pontífice citou Filipe, um dos Apóstolos, “atarefado como todos os bispos, e aquele dia certamente tinha os seus planos de trabalho”. Mas o Espírito lhe diz para deixar de lado o que havia programado e ir ao encontro do etíope, “e ele obedeceu”. Francisco então ilustrou o encontro entre Filipe e o etíope, ao qual o Apóstolo explica o Evangelho e a sua mensagem de salvação. O Espírito, disse, “trabalhava no coração do etíope”, oferece a ele “o dom da fé e este homem sentiu algo de novo no seu coração”. E, ao final, pede para ser batizado, pois foi dócil ao Espírito Santo.
A docilidade ao Espírito nos doa alegria
“Dois homens – comentou o Papa –: um evangelizador e um que não sabia nada de Jesus, mas o Espírito tinha semeado uma curiosidade saudável e não aquela curiosidade das fofocas”. E no final o eunuco prossegue o seu caminho com alegria, “a alegria do Espírito, à docilidade ao Espírito”:
“Ouvimos nos dias passadas o que faz a resistência ao Espírito; hoje temos o exemplo de dois homens que foram dóceis à Sua voz. E o sinal é a alegria. A docilidade ao Espírito é fonte de alegria. ‘Mas eu gostaria de fazer algo, isso… Mas sinto que o Senhor me pede outra coisa. A alegria encontrarei lá, onde há o chamado do Espírito!’”.
A docilidade ao Espírito leva avante a Igreja
O Papa prosseguiu propondo uma bela oração para pedir esta docilidade, que pode ser encontrada no Primeiro Livro de Samuel. Trata-se da oração que o sacerdote Eli sugere ao jovem Samuel, que à noite ouvia uma voz que o chamava: “Fala, Senhor, que o teu servo escuta”:
“Esta é uma bela oração que nós podemos fazer sempre: ‘Fala, Senhor, porque teu servo escuta’. A oração para pedir esta docilidade ao Espírito Santo e com esta docilidade levar avante a Igreja, ser os instrumento do Espírito para que a Igreja possa prosseguir. ‘Fala, Senhor, que o teu servo escuta’. Rezemos assim, várias vezes por dia: quando temos uma dúvida, quando não sabemos ou quando simplesmente quisermos rezar. E com esta oração pedimos a graça da docilidade ao Espírito Santo”.
Por Rádio Vaticano

quarta-feira, 13 de abril de 2016

ORAÇÃO A SANTA CLARA


4ª-FEIRA DA 3ª SEMANA DA PÁSCOA

1ª Leitura – At 8, 1b-8

Iam por toda a parte, pregando a Palavra.
Leitura dos Atos dos Apóstolos 8, 1b-8 1b Naquele dia começou uma grande perseguição
contra a Igreja de Jerusalém.
E todos, com exceção dos apóstolos, se dispersaram
pelas regiões da Judéia e da Samaria.
2 Algumas pessoas piedosas sepultaram Estêvão
e observaram grande luto por causa dele.
3 Saulo, porém, devastava a Igreja:
entrava nas casas e arrastava para fora homens e mulheres,
para atirá-los na prisão.
4 Entretanto, aqueles que se tinham dispersado
iam por toda a parte, pregando a Palavra.
5 Filipe desceu a uma cidade da Samaria
e anunciou-lhes o Cristo.
6 As multidões seguiam com atenção
as coisas que Filipe dizia.
E todos unânimes o escutavam,
pois viam os milagres que ele fazia.
7 De muitos possessos saíam os espíritos maus,
dando grandes gritos.
Numerosos paralíticos e aleijados também foram curados.
8 Era grande a alegria naquela cidade.
Palavra do Senhor.

Salmo – Sl 65, 1-3a. 4-5. 6-7a (R.1)

R. Aclamai o Senhor Deus, ó terra inteira. Ou: Aleluia, Aleluia, Aleluia
1 Aclamai o Senhor Deus, ó terra inteira,*
2 cantai salmos a seu nome glorioso,
dai a Deus a mais sublime louvação!*
3a Dizei a Deus: ‘Como são grandes vossas obras! R.
4 Toda a terra vos adore com respeito*
e proclame o louvor de vosso nome!’
5 Vinde ver todas as obras do Senhor:*
seus prodígios estupendos entre os homens! R.
6 O mar ele mudou em terra firme,*
e passaram pelo rio a pé enxuto.
Exultemos de alegria no Senhor!*
7a Ele domina para sempre com poder! R.

Evangelho – Jo 6,35-40

Esta é a vontade do meu Pai:
toda pessoa que vê o Filho tenha a vida eterna. + Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo São João 6,35-40 Naquele tempo, disse Jesus à multidão:
35 ‘Eu sou o pão da vida.
Quem vem a mim não terá mais fome
e quem crê em mim nunca mais terá sede.
36 Eu, porém, vos disse
que vós me vistes, mas não acreditais.
37 Todos os que o Pai me confia
virão a mim,
e quando vierem,
não os afastarei.
38 Pois eu desci do céu
não para fazer a minha vontade,
mas a vontade daquele que me enviou.
39 E esta é a vontade daquele que me enviou:
que eu não perca nenhum daqueles que ele me deu,
mas os ressuscite no último dia.
40 Pois esta é a vontade do meu Pai:
que toda pessoa que vê o Filho e nele crê
tenha a vida eterna.
E eu o ressuscitarei no último dia.’
Palavra da Salvação.

Reflexão – Jo 6, 35-40

A fé em Jesus Cristo é fundamental para a compreensão da eucaristia e para que se possa desfrutar deste sacramento, fundamental para a nossa vida espiritual, uma vez que ele é fonte de vida eterna. A vontade do Pai, ao enviar Jesus, é que todas as pessoas acreditem que Jesus é o seu enviado, o seu Filho amado, para que possam ser salvos por ele, e assim não se perca nenhum dentre os seus filhos e filhas. E, para que ninguém se perca, o Pai concede a quem vê e crê no seu Filho a vida eterna. É preciso que as pessoas vejam Jesus, creiam nele, participem da eucaristia, o sacramento do penhor da vida eterna, para que Jesus as ressuscite no último dia.
Fonte: CNBB

HOJE É O DIA DE SÃO MARTINHO I

Originário de Todi e diácono da Igreja romana, Martinho foi eleito ao sumo pontificado após a morte do papa Teodoro (13 de maio de 649) e logo mostrou mão firme no governo do leme da barca de Pedro. Para deixar isso bem claro ao chefe do poder secular de então, assumiu mesmo antes de ter sua eleição referendada pelo imperador.
O papa Martinho I sabia que as consequências das atitudes que tomou contra o imperador Constante II, no século VII, não seriam nada boas. Nessa época, os detentores do poder achavam que podiam interferir na Igreja, como se sua doutrina devesse submissão ao Estado. Martinho defendeu os dogmas cristãos, por isso foi submetido a grandes humilhações e também a degradantes torturas.
Um ano antes, Constante II tinha publicado o documento “Tipo”, que apoiava as teses hereges do cisma dos monotelistas, os quais negavam a condição humana de Cristo, o que se opõe às principais raízes do cristianismo. Para reafirmar essa posição, o papa convocou, ainda, um grande Concílio, um dos maiores da história da Igreja, na basílica de São João de Latrão, para o qual foram convidados todos os bispos do Ocidente. Ali foram condenadas, definitivamente, todas as teses monotelistas, o que provocou a ira mortal do imperador Constante II.
Ele ordenou a seu representante em Ravena, Olímpio, que prendesse o papa Marinho I. Querendo agradar ao poderoso imperador, Olímpio resolveu ir além das ordens: planejou matar Martinho. Armou um plano com seu escudeiro, que entrou no local de uma missa em que o próprio papa daria a santa comunhão aos fiéis. Na hora de receber a hóstia, o assassino sacou de seu punhal, mas ficou cego no mesmo instante e fugiu apavorado. Impressionado, Olímpio aliou-se a Martinho e projetou uma luta armada contra Constantinopla. Mas o papa perdeu sua defesa militar porque Olímpio morreu em seguida, vitimado pela peste que se alastrava naquela época.
Com o caminho livre, o imperador Constante II ordenou a prisão do papa Martinho I pedindo a sua transferência para que o julgamento se desse em Bósforo, estreito que separa a Europa da Ásia, próximo a Istambul, na Turquia. A viagem tornou-se um verdadeiro suplício, que durou quinze meses e acabou com a saúde do papa. Mesmo assim, ao chegar à cidade, ficou exposto, desnudo, sobre um leito no meio da rua, para ser execrado pela população. Depois, foi mantido incomunicável num fétido e podre calabouço, sem as mínimas condições de higiene e alimentação.
Ao fim do julgamento, o papa Martinho I foi condenado ao exílio na Criméia, sul da Rússia, e levado para lá em março de 655, em outra angustiante e sofrida viagem que durou dois meses. Ele acabou morrendo de fome quatro meses depois, em 16 de setembro daquele ano. Foi o último papa a ser martirizado e sua comemoração foi determinada pelo novo calendário litúrgico da Igreja para o dia 13 de abril.
A Igreja também celebra hoje a memória dos santos: Márcio e Quintiliano

''MUROS DA INDIFERENÇA SÃO UMA TRISTE REALIDADE''

Remover o ‘muro da indiferença’ e, “se falo de muro, não uso só uma linguagem figurada, mas é a triste realidade”.
Foi o que disse o Papa Francisco em mensagem à conferência em andamento em Roma com o tema “Não violência e justa paz: contribuindo para uma compreensão católica do compromisso com a não violência”.
“Como cristãos, sabemos que o grande obstáculo a ser removido para superar guerras e conflitos é o erigido pelo muro da indiferença. A crônica dos tempos recentes”, escreve ainda o Papa, que sábado visitará os refugiados na ilha grega de Lesbos, “nos demonstra que quando falo de muros, falo da triste realidade da indiferença, que não ataca apenas os seres humanos, mas também o ambiente natural, com consequências muitas vezes nefastas em termos de segurança e paz social. Venceremos a indiferença somente se soubermos usar a misericórdia. A misericórdia encontra a sua expressão ‘política’ na solidariedade: uma resposta moral e social às chagas de nosso tempo; a tomada de consciência da correlação entre a vida do cidadão e da comunidade familiar, local ou global”.
Diálogo
Para Francisco, o caminho a percorrer é o do “desarme integral, construindo pontes, combatendo o medo e insistindo num diálogo aberto e sincero: um percurso realmente árduo”, define.
“Dialogar é difícil, é preciso estar prontos para dar e também receber, a não partir do pressuposto que é o outro que erra, mas das nossas diferenças. É necessário agir em prol de uma paz verdadeira, por meio do encontro entre as pessoas e a reconciliação entre povos e grupos que se enfrentam de posições ideológicas opostas”.
O Pontífice convoca a um esforço sapiente da fantasia criativa que chamamos diplomacia, que deve ser continuamente alimentado, e à promoção da justiça no mundo globalizado. “Renovar todos os instrumentos adequados para concretizar a aspiração à justiça e á paz dos homens e mulheres de hoje”.
A Conferência sobre a não-violência é organizada pelo Pontifício Conselho da Justiça e da Paz e o movimento católico internacional Pax Christi.
Por Rádio Vaticano

terça-feira, 12 de abril de 2016

3ª-FEIRA DA 3ª SEMANA DA PÁSCOA

1ª Leitura – At 7,5l – 8,1a

Senhor Jesus, acolhe o meu espírito.
Leitura dos Atos dos Apóstolos 7,5l – 8,1aNaqueles dias, Estevão disse ao povo, aos anciãos
e aos doutores da lei:
51 Homens de cabeça dura, insensíveis
e incircuncisos de coração e ouvido!
Vós sempre resististes ao Espírito Santo
e como vossos pais agiram, assim fazeis vós!
52 A qual dos profetas vossos pais não perseguiram?
Eles mataram aqueles que anunciavam a vinda do Justo,
do qual, agora, vós vos tornastes traidores e assassinos.
53 Vós recebestes a Lei, por meio de anjos,
e não a observastes!’
54 Ao ouvir essas palavras, eles ficaram enfurecidos
e rangeram os dentes contra Estêvão.
55 Estêvão, cheio do Espírito Santo,
olhou para o céu e viu a glória de Deus
e Jesus, de pé, à direita de Deus.
56 E disse: ‘Estou vendo o céu aberto,
e o Filho do Homem, de pé, à direita de Deus.’
57 Mas eles, dando grandes gritos e, tapando os ouvidos,
avançaram todos juntos contra Estêvão;
58 arrastaram-no para fora da cidade
e começaram a apedrejá-lo.
As testemunhas deixaram suas vestes
aos pés de um jovem, chamado Saulo.
59 Enquanto o apedrejavam, Estêvão clamou dizendo:
‘Senhor Jesus, acolhe o meu espírito.’
60 Dobrando os joelhos, gritou com voz forte:
‘Senhor, não os condenes por este pecado.’
E, ao dizer isto, morreu.
8,1a Saulo era um dos que aprovavam a execução de Estêvão.
Palavra do Senhor.

Salmo – Sl 30, 3cd-4. 6ab.7b.8a. 17.21ab (R. 6a)

R. Em vossas mãos, Senhor, entrego o meu espírito.
Ou: Aleluia, Aleluia, Aleluia
3c Sede uma rocha protetora para mim, *
3d um abrigo bem seguro que me salve!
4 Sim, sois vós a minha rocha e fortaleza; *
por vossa honra orientai-me e conduzi-me! R.
6a Em vossas mãos, Senhor, entrego o meu espírito, *
6b porque vós me salvareis, ó Deus fiel!
7b Quanto a mim, é ao Senhor que me confio.
8ª Vosso amor me faz saltar de alegria. R.
17 Mostrai serena a vossa face ao vosso servo, *
e salvai-me pela vossa compaixão!
21a Na proteção de vossa face os defendeis *
21b bem longe das intrigas dos mortais. R.

Evangelho – Jo 6,30-35

Não foi Moisés, mas meu Pai é que vos
dá o verdadeiro pão do céu. + Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo São João 6,30-35 Naquele tempo, a multidão perguntou a Jesus:
30 ‘Que sinal realizas,
para que possamos ver e crer em ti?’
Que obra fazes?
31 Nossos pais comeram o maná no deserto,
como está na Escritura:
‘Pão do céu deu-lhes a comer’.
32 Jesus respondeu:
‘Em verdade, em verdade vos digo,
não foi Moisés quem vos deu
o pão que veio do céu.
É meu Pai que vos dá o verdadeiro pão do céu.
33 Pois o pão de Deus é aquele que desce do céu
e dá vida ao mundo.’
34 Então pediram:
‘Senhor, dá-nos sempre desse pão’.
35 Jesus lhes disse:
‘Eu sou o pão da vida.
Quem vem a mim não terá mais fome
e quem crê em mim nunca mais terá sede.
Palavra da Salvação.

Reflexão – Jo 6, 30-35

Quem vai até Jesus não terá mais fome e quem crer nele não terá mais sede. Jesus coloca à nossa disposição não os bens transitórios desse mundo, mas os verdadeiros bens, aqueles que são perenes, que são eternos. Por isso, é muito importante que as pessoas conheçam Jesus. Somente a partir do conhecimento da sua pessoa e do seu reconhecimento como Filho de Deus é que as pessoas poderão desfrutar dos dons do alto que o Pai nos concede por meio de Jesus e podem ter a verdadeira vida, pois ele é o Pão da Vida, o Pão da verdadeira saciedade, que sempre se dá a todos nós em alimento para a vida eterna.
Fonte: CNBB

HOJE É O DIA DE SÃO JÚLIO I

O nome do Papa S. Júlio figura no Martirológico Romano no dia de hoje com o comentário de que ele lutou muito pela fé católica contra os arianos.
O Martirológio Romano enumera nove santos e oito santas com esse nome e quase todos são mártires do primeiro século do cristianismo. Mas o Júlio, o primeiro papa a tomar este nome, dirigiu a Igreja de 337 a 352.
Júlio era de origem romana, filho de um certo cidadão chamado Rústico. Viveu no período em que a Igreja respirava a liberdade religiosa concedida pelo imperador Constantino, o Magno, em 313. Essa liberdade oferecia ao cristianismo melhores condições de vida e expansão da religião. Por outro lado, surgiram as primeiras heresias: donatismo, puritanismo na moral, e o arianismo, negando a divindade de Cristo.
Com a morte de Constantino, os sucessores, infelizmente, favoreceram os partidários do arianismo. O papa Júlio I tomou a defesa e hospedou o patriarca de Alexandria, Atanásio, o grande doutor da Igreja, batalhador da fé no concílio de Nicéia e principal alvo do ódio dos arianos, que o tinham expulsado da sede patriarcal. O papa Júlio I convocou dois sínodos de bispos em que, com a condenação do semi-arianismo, Atanásio foi reabilitado, recebendo cartas do papa que se felicitava com a Igreja de Alexandria, baluarte da ortodoxia cristã.
O papa Júlio I construiu várias igrejas em Roma: a dos Santos Apóstolos, a da Santíssima Maria de Trastévere, e três mandou construir nos cemitérios das vias Flavínia, Aurélia e Portuense, respectivamente as igrejas de São Valentim, de São Calisto e de São Félix. Cuidou da organização eclesiástica e da catequese catecumenal, ou seja, dos adultos e mais velhos.
Morreu em 352, após quinze anos de pontificado. Foi sepultado no cemitério de Calepódio, na via Aurélia, numa igreja que ele também havia mandado edificar. Sua veneração começou entre os fiéis a partir do século VII. Suas relíquias, segundo a tradição, foram transladadas para a basílica de São Praxedes a pedido do papa Pascoal I. O seu culto, que já fora autorizado, refloresceu em 1505, quando do seu translado para a basílica da Santíssima Maria de Trastévere, em Roma.
A Igreja também celebra hoje a memória dos santos: Sabas Godo e Angelo de Chivasso.

segunda-feira, 11 de abril de 2016

IGREJA MATRIZ DO SAGRADO CORAÇÃO DE JESUS PADROEIRO DO MUNICÍPIO DE GROSSOS-RN

 MATRIZ DO SAGRADO CORAÇÃO DE JESUS 

MUNICÍPIO DE GROSSOS-RN

2ª-FEIRA DA 3ª SEMANA DA PÁSCOA

1ª Leitura – At 6,8-15

Não conseguiam resistir à sabedoria
e ao Espírito com que ele falava.
Leitura dos Atos dos Apóstolos 6,8-15Naqueles dias:
8 Estêvão, cheio de graça e poder,
fazia prodígios e grandes sinais entre o povo.
9 Mas alguns membros da chamada Sinagoga dos Libertos,
junto com cirenenses e alexandrinos,
e alguns da Cilícia e da Ásia,
começaram a discutir com Estêvão.
10 Porém, não conseguiam
resistir à sabedoria e ao Espírito com que ele falava.
11 Então subornaram alguns indivíduos, que disseram:
‘Ouvimos este homem dizendo blasfêmias
contra Moisés e contra Deus.’
12 Desse modo, incitaram o povo,
os anciãos e os doutores da Lei,
que prenderam Estêvão e o conduziram ao Sinédrio.
13 Aí apresentaram falsas testemunhas, que diziam:
‘Este homem não cessa de falar
contra este lugar santo e contra a Lei.
14 E nós o ouvimos afirmar que Jesus Nazareno
ia destruir este lugar e ia mudar os costumes
que Moisés nos transmitiu.’
15 Todos os que estavam sentados no Sinédrio
tinham os olhos fixos sobre Estêvão,
e viram seu rosto como o rosto de um anjo.
Palavra do Senhor.

Salmo – Sl 118, 23-24. 26-27. 29-30 (R. 1b)

R. Feliz é quem na lei do Senhor Deus vai progredindo.
Ou: Aleluia, Aleluia, Aleluia
23 Que os poderosos reunidos me condenem; *
o que me importa é o vosso julgamento!
24 Minha alegria é a vossa Aliança, *
meus conselheiros são os vossos mandamentos. R.
26 Eu vos narrei a minha sorte e me atendestes, *
ensinai-me, ó Senhor, vossa vontade!
27 Fazei-me conhecer vossos caminhos, *
e então meditarei vossos prodígios! R.
29 Afastai-me do caminho da mentira *
e dai-me a vossa lei como um presente!
30 Escolhi seguir a trilha da verdade, *
diante de mim eu coloquei vossos preceitos. R.

Evangelho – Jo 6,22-29

Esforçai-vos não pelo alimento que se perde,
mas pelo alimento que permanece até a vida eterna. + Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo São João 6,22-29 Depois que Jesus saciara os cinco mul homens,
seus discípulos o viram andando sobre o mar.
22 No dia seguinte, a multidão
que tinha ficado do outro lado do mar
constatou que havia só uma barca
e que Jesus não tinha subido para ela com os discípulos,
mas que eles tinham partido sozinhos.
23 Entretanto, tinham chegado outras barcas de Tiberíades,
perto do lugar onde tinham comido o pão
depois de o Senhor ter dado graças.
24 Quando a multidão viu
que Jesus não estava ali,
nem os seus discípulos,
subiram às barcas
e foram à procura de Jesus, em Cafarnaum.
25 Quando o encontraram no outro lado do mar,
perguntaram-lhe:
‘Rabi, quando chegaste aqui?’
26 Jesus respondeu:
‘Em verdade, em verdade, eu vos digo:
estais me procurando não porque vistes sinais,
mas porque comestes pão e ficastes satisfeitos.
27 Esforçai-vos não pelo alimento que se perde,
mas pelo alimento que permanece até a vida eterna,
e que o Filho do homem vos dará.
Pois este é quem o Pai marcou com seu selo.’
28 Então perguntaram:
‘Que devemos fazer para realizar as obras de Deus?’
29 Jesus respondeu:
‘A obra de Deus é que acrediteis
naquele que ele enviou’.
Palavra da Salvação.

Reflexão – Jo 6, 22-29

Um dos caminhos que temos para conhecer melhor a pessoa de Jesus é o sacramento da eucaristia. Porém, esse caminho exige de todos nós uma postura de fé diante dele e uma abertura para as realidades que estão além da materialidade. As pessoas que só buscam a saciedade material e procuram Jesus apenas para a satisfação desse tipo de necessidade são incapazes de buscar o alimento que não se perde e que nos leva a reconhecer que Jesus é aquele que o Pai marcou com o seu selo. Essas pessoas não são capazes de ver que Jesus é o enviado do Pai e, por isso, não acreditam nele.
Fonte: CNBB

HOJE É O DIA DE SANTA GEMA GALGANI

A curta existência desta santa, que nasceu em Camigliano, na Toscana, em 1878, e morreu em Lucca, aos 25 anos de idade, foi, em certo sentido, uma vida rotineira. É uma história de fervorosa piedade, de caridade e de contínuos sofrimentos. Estes sofrimentos foram causados, em parte, por uma saúde débil, em parte pela pobreza em que sua família caiu, em parte pela zombaria daqueles que se ofendiam com suas práticas devocionais, seus êxtases e outros fenômenos, e em parte por aquilo que ela acreditava serem assaltos do demônio. Mas ela contava com o consolo da comunhão constante com Nosso Senhor, que lhe falava como se estivesse corporalmente presente, e também encontrou muita bondade por parte da família Giannini, que a tratou nos seus últimos anos de vida depois da morte do pai quase como uma filha adotiva.
Ao nascer, em 12 de março de 1878, na pequena Camigliano, perto de Luca, Gema recebeu esse nome, que em italiano significa joia, por ser a primeira menina dos cinco filhos do casal Galgani, que foi abençoado com um total de oito filhos.
Gema Galgani teve uma infância feliz, cercada de atenção pela mãe, que lhe ensinava as orações e o catecismo com alegria, incutindo o amor a Jesus na pequena. Ela aprendeu tão bem que não se cansava de recitá-las e pedia constantemente à mãe que lhe contasse as histórias da vida de Jesus. Mas essa felicidade caseira terminou aos sete anos. Sua mãe morreu precocemente e sua ausência também logo causou o falecimento do pai. Órfã, caiu doente e só suplantou a grave enfermidade graças ao abrigo encontrado no seio de uma família de Luca, também muito católica, que a adotou e cuidou de sua formação.
Conta-se que Gema, com a tragédia da perda dos pais, apegou-se ainda mais à religião. Recebeu a primeira eucaristia antes mesmo do tempo marcado para as outras meninas e levava tão a sério os conceitos de caridade que dividia a própria merenda com os pobres. Demonstrava, sempre, vontade de tornar-se freira e tentou fazê-lo logo depois que Nossa Senhora lhe apareceu em sonho. Pediu a entrada no convento da Ordem das Passionistas de Corneto, mas a resposta foi negativa. Muito triste com a recusa, fez para si mesma os juramentos do serviço religioso, os votos de castidade e caridade, e fatos prodigiosos começaram a ocorrer em sua vida.
Quando rezava, Gema era constantemente vista rodeada de uma luz divina. Conversava com anjos e recebia a visita de são Gabriel, de Nossa Senhora das Dores passionista, como ela desejara ser. Logo lhe apareceram no corpo os estigmas de Cristo, que lhe trouxeram terríveis sofrimentos, mas que era tudo o que ela mais desejava.
Entretanto, fisicamente fraca, os estigmas e as penitências que se auto-infligia acabaram por consumir sua vida. Gema Galgani morreu muito doente, aos vinte e cinco anos, no Sábado Santo, dia 11 de abril de 1903.
Imediatamente, começou a devoção e veneração à “Virgem de Luca”, como passou a ser conhecida. Estão registradas muitas graças operadas com a intercessão de Gema Galgani, que foi canonizada em 1940 pelo papa Pio XII, que a declarou modelo para a juventude da Igreja, autorizando sua festa litúrgica para o dia de sua morte.
A Igreja também celebra hoje a memória dos santos: Estanislau e Isaac.