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sexta-feira, 8 de abril de 2016

6ª-FEIRA DA 2ª SEMANA DA PÁSCOA

1ª Leitura – At 5,34-42

Eles saíram muito contentes, por terem sido considerados
dignos de injúrias, por causa do nome de Jesus.
Leitura dos Atos dos Apóstolos 5,34-42Naqueles dias:
34 Um fariseu, chamado Gamaliel,
levantou-se, então, no Sinédrio.
Era mestre da Lei e todo o povo o estimava.
Gamaliel mandou que os acusados saíssem por um instante.
35 Depois disse: ‘Homens de Israel,
vede bem o que estais para fazer contra esses homens.
36 Algum tempo atrás apareceu Teudas,
que se fazia passar por uma pessoa importante,
e a ele se juntaram cerca de quatrocentos homens.
Depois ele foi morto e todos os que o seguiam debandaram,
e nada restou.
37 Depois dele, no tempo do recenseamento,
apareceu Judas, o galileu, que arrastou o povo atrás de si.
Contudo, também ele morreu
e todos os seus seguidores se dispersaram.
38 Quanto ao que está acontecendo agora,
dou-vos um conselho:
não vos preocupeis com esses homens e deixai-os ir embora.
Porque, se este projeto ou esta atividade é de origem humana
será destruído.
39 Mas, se vem de Deus,
vós não conseguireis eliminá-los.
Cuidado para não vos pordes em luta contra Deus!’
E os membros do Sinédrio aceitaram o parecer de Gamaliel.
40 Chamaram então os apóstolos, mandaram açoitá-los,
proibiram que eles falassem em nome de Jesus,
e depois os soltaram.
41 Os apóstolos saíram do Conselho, muito contentes,
por terem sido considerados dignos de injúrias,
por causa do nome de Jesus.
42 E cada dia, no Templo e pelas casas,
não cessavam de ensinar e anunciar
o evangelho de Jesus Cristo.
Palavra do Senhor.

Salmo – S. 26, 1. 4. 13-14 (R. Cf. 4ab)

R. Ao Senhor eu peço apenas uma coisa,
habitar no santuário do Senhor.
Ou: Aleluia, Aleluia, Aleluia
1 O Senhor é minha luz e salvação;*
de quem eu terei medo?
O Senhor é a proteção da minha vida;*
perante quem eu tremerei? R.4 Ao Senhor eu peço apenas uma coisa,*
e é só isto que eu desejo:
habitar no santuário do Senhor*
por toda a minha vida;
saborear a suavidade do Senhor*
e contemplá-lo no seu templo. R.
13 Sei que a bondade do Senhor eu hei de ver*
na terra dos viventes.
14 Espera no Senhor e tem coragem,*
espera no Senhor! R.

Evangelho – Jo 6,1-15

Distribuiu-os aos que estavam
sentados, tanto quanto queriam.
+ Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo João 6,1-15
Naquele tempo:
1 Jesus foi para o outro lado do mar da Galiléia,
também chamado de Tiberíades.
2 Uma grande multidão o seguia,
porque via os sinais que ele operava
a favor dos doentes.
3 Jesus subiu ao monte
e sentou-se aí, com os seus discípulos.
4 Estava próxima a Páscoa, a festa dos judeus.
5 Levantando os olhos,
e vendo que uma grande multidão estava vindo ao seu encontro,
Jesus disse a Filipe:
‘Onde vamos comprar pão para que eles possam comer?’
6 Disse isso para pô-lo à prova,
pois ele mesmo sabia muito bem o que ia fazer.
7 Filipe respondeu:
‘Nem duzentas moedas de prata bastariam
para dar um pedaço de pão a cada um’.
8 Um dos discípulos,
André, o irmão de Simão Pedro, disse:
9 ‘Está aqui um menino com
cinco pães de cevada e dois peixes.
Mas o que é isso para tanta gente?’
10 Jesus disse:
‘Fazei sentar as pessoas’.
Havia muita relva naquele lugar,
e lá se sentaram, aproximadamente, cinco mil homens.
11 Jesus tomou os pães,
deu graças
e distribuiu-os aos que estavam sentados,
tanto quanto queriam.
E fez o mesmo com os peixes.
12 Quando todos ficaram satisfeitos,
Jesus disse aos discípulos:
‘Recolhei os pedaços que sobraram,
para que nada se perca!’
13 Recolheram os pedaços
e encheram doze cestos
com as sobras dos cinco pães,
deixadas pelos que haviam comido.
14 Vendo o sinal que Jesus tinha realizado,
aqueles homens exclamavam:
‘Este é verdadeiramente o Profeta,
aquele que deve vir ao mundo’.
15 Mas, quando notou que estavam querendo levá-lo
para proclamá-lo rei,
Jesus retirou-se de novo, sozinho, para o monte.
Palavra da Salvação.

Reflexão – Jo 6, 1-15

O capítulo sexto do evangelho de São João é reservado para o discurso sobre o sacramento da Eucaristia, e Jesus, no uso da sua pedagogia, prepara os judeus para esse discurso através da multiplicação dos pães. A prática pedagógica de Jesus deve ser o grande iluminativo para a nossa prática missionária, pastoral e evangelizadora. Nós devemos anunciar o evangelho a partir da realidade das pessoas, de suas experiências de vida, dos seus valores e das suas expectativas. Antes de anunciar a Palavra de Deus, precisamos criar a necessidade dela no coração das pessoas como Jesus, que a partir da necessidade do pão, cria a necessidade do pão da vida eterna.
Fonte: CNBB

HOJE É O DIA DE SÃO GASTÃO

Um dos acontecimentos mais marcantes da França foi, sem dúvida, a conversão do rei Clóvis e dos seus francos. As personagens principais do acontecimento foram São Remígio, que batizou Clóvis e Clotilde, sua esposa. São Gastão teve papel não negligenciável na conversão do soberano franco, de quem foi o catequista.
Seu nome latino é Vedastus. Parece ter nascido em Lomousine, em família nobre. Jovem ainda retirou-se para Lorena, para levar vida retirada e virtuosa. O bispo de Toul chamou-o para o seu escasso clero e o ordenou sacerdote.
 Clóvis, tendo vencido os alemães, preparava-se para cumprir seu voto, dirigindo-se para Reims, onde o esperava o bispo Remígio para o batismo. Não quis dar aquele passo, desconhecendo noções básicas de religião, pelo que pediu ao bispo de Toul um catequista, que o instruísse no caminho. O bispo lhe deu Gastão como companheiro de viagem e instrutor religioso. Como que para confirmar a sua missão, Deus concedeu ao jovem sacerdote um milagre, que teria duplo efeito: restituiu a vista a um pobre cego encontrado no caminho, e abriu os olhos do rei estupefato, persuadido da santidade do cristianismo.
Em Reims, após o batismo, o rei Clóvis recomendou a São Remígio o seu catequista. São Remígio o reteve em Reims, onde Gastão se entregou à instrução dos fiéis e à assistência aos pobres, tanto que dentro de pouco tempo são Remígio o consagrou bispo de Arras. Com o rei Clóvis converteram-se muitos francos, mas tal conversão tinha caráter mais político que religioso; os costumes de muitos deles continuavam pagãos. Acontecia, por exemplo, que os banquetes, mesmo os de dignitários da Corte, se transformassem em verdadeiras orgias, sobretudo quando a coroa real passou de Clóvis a Clotário.
Certa vez, o próprio bispo de Arras foi convidado para a mesa do Rei. Gastão aceitou o convite de Clotário. Entrou na sala onde, sobre a mesa preparada, estavam copos cheios de cerveja; antes de assentar-se, abençoou; ao sinal-da-cruz, os copos se quebraram e a cerveja derramou-se sobre a mesa e no chão.
Clotário e os seus cortesãos compreenderam que aquele prodígio significava a condenação dos seus desregramentos. Assim, o cristianismo agia sobre os costumes daqueles povos, mediante o ensinamento dos bispos santos, enquanto as populações eram elevadas do estado de embrutecimento e miséria.
Numa fria noite de fevereiro foi vista uma nuvem luminosa sobre o palácio episcopal. Era justamente o momento da partida de Gastão, que há quarenta anos era bispo de Arras. Ao clero reunido em torno dele recomendou a fé, a esperança e especialmente a caridade. Depois dormiu no Senhor como um antigo patriarca, a 6 de fevereiro de 540.
A Igreja também celebra hoje a memória dos santos:  Edésio, Máxima e Valter de Pontoise

SANTOS E MÁRTIRES DE HOJE LEVAM ADIANTE A IGREJA, DIZ PAPA

São os santos da vida cotidiana e os mártires de hoje que levam avante a Igreja com a coerência e o corajoso testemunho de Jesus ressuscitado, graças à obra do Espírito Santo. Foi o que disse, em síntese, o Papa Francisco na homilia da Missa celebrada na manhã desta quinta-feira, 7, na Casa Santa Marta.
A primeira leitura, extraída dos Atos dos Apóstolos, fala da coragem de Pedro que, depois da cura do paralítico, anuncia a Ressurreição de Jesus diante dos chefes do Sinédrio, os quais, furiosos, queriam matá-lo. Ele foi proibido de pregar em nome de Jesus, mas continuou a proclamar o Evangelho, porque “é preciso obedecer a Deus e não aos homens”.
Este Pedro “corajoso”, disse o Papa Francisco, não tem nada a ver com o “Pedro covarde” da noite da Quinta-feira Santa, quando, repleto de medo, renegou Jesus três vezes. Agora, Pedro se tornou forte no testemunho. “O testemunho cristão tem o mesmo caminho de Jesus: dar a vida”, observou o Papa, lembrando que, de um modo ou de outro, o cristão coloca a vida em jogo no verdadeiro testemunho.
“A coerência entre a vida e aquilo que vimos e ouvimos é justamente o início do testemunho. Mas o testemunho cristão tem outro aspecto, não é somente de quem o dá: o testemunho cristão, sempre, é feito por duas pessoas. ‘E desses fatos somos testemunhas nós e o Espírito Santo’. Sem o Espírito Santo não há testemunho cristão, porque o testemunho cristão, a vida cristã, são graças que o Senhor nos dá com o Espírito Santo”.
Sem o Espírito, ressaltou o Papa, não se consegue ser testemunha, pois esta, frisou o Papa, é coerente com aquilo que diz, com o que faz e com o que recebeu, ou seja, o Espírito Santo. Esta é a coragem cristã, este é o testemunho, disse.
“Esse o testemunho de nossos mártires hoje. Muitos, expulsos de suas terras, deslocados, decapitados e perseguidos, têm a coragem de confessar Jesus até o momento da morte. É o testemunho daqueles cristãos que vivem sua vida seriamente e dizem: ‘Eu não posso fazer isso, eu não posso fazer o mal ao outro; eu não posso trapacear; eu não posso conduzir uma vida pela metade, eu devo dar o meu testemunho’. E o testemunho é dizer o que viu e ouviu na fé, ou seja, Jesus Ressuscitado, com o Espírito Santo que recebeu como dom.”
Francisco acrescentou que, nos momentos difíceis da história, ouve-se dizer que “a pátria precisa de heróis”. Isso é verdade, é correto, mas do que a Igreja precisa hoje é de testemunhas, de mártires.
“São as testemunhas, ou seja, os santos de todos os dias, os da vida cotidiana, mas com coerência, e também as testemunhas até o fim, até a morte. Estes são o sangue vivo da Igreja; estes são aqueles que levam a Igreja adiante, as testemunhas; aqueles que atestam que Jesus ressuscitou, que Jesus está vivo, e o testemunham com a coerência de vida e com o Espírito Santo que receberam como dom”.
Por Canção Nova, com Rádio Vaticano

quarta-feira, 6 de abril de 2016

4º-FEIRA DA 2ª SEMANA DA PÁSCOA

1ª Leitura – At 5,17-26

Os homens que vós colocastes na prisão
estão no Templo ensinando o povo!
Leitura dos Atos dos Apóstolos 5,17-26 Naqueles dias:
17 Levantaram-se o sumo sacerdote e todos os do seu partido
– isto é, o partido dos saduceus –
cheios de raiva e mandaram prender os apóstolos
e lançá-los na cadeia pública.
19 Porém, durante a noite,
o anjo do Senhor abriu as portas da prisão
e os fez sair, dizendo:
20 ‘Ide falar ao povo, no Templo,
sobre tudo o que se refere a este modo de viver.’
21 Eles obedeceram e, ao amanhecer,
entraram no Templo e começaram a ensinar.
O sumo sacerdote chegou com os seus partidários
e convocou o Sinédrio e o Conselho
formado pelas pessoas importantes do povo de Israel.
Então mandaram buscar os apóstolos à prisão.
22 Mas, ao chegarem à prisão,
os servos não os encontraram e voltaram dizendo:
23 ‘Encontramos a prisão fechada, com toda segurança,
e os guardas estavam a postos na frente da porta.
Mas, quando abrimos a porta,
não encontramos ninguém lá dentro.’
24 Ao ouvirem essa notícia,
o chefe da guarda do Templo e os sumos sacerdotes
não sabiam o que pensar
e perguntavam-se o que poderia ter acontecido.
25 Chegou alguém que lhes disse:
‘Os homens que vós colocastes na prisão
estão no Templo ensinando o povo!’
26 Então o chefe da guarda do Templo saiu com os guardas
e trouxe os apóstolos, mas sem violência,
porque eles tinham medo que o povo os atacasse com pedras.
Palavra do Senhor.

Salmo – Sl 33, 2-3. 4-5. 6-7. 8-9 (R. 7a)

R. Este infeliz gritou a Deus, e foi ouvido.
Ou: Aleluia, Aleluia, Aleluia
2 Bendirei o Senhor Deus em todo o tempo,*
seu louvor estará sempre em minha boca.
3 Minha alma se gloria no Senhor;*
que ouçam os humildes e se alegrem! R.4 Comigo engrandecei ao Senhor Deus,*
exaltemos todos juntos o seu nome!
5 Todas as vezes que o busquei, ele me ouviu,*
e de todos os temores me livrou. R.
6 Contemplai a sua face e alegrai-vos,*
e vosso rosto não se cubra de vergonha!
7 Este infeliz gritou a Deus, e foi ouvido,*
e o Senhor o libertou de toda angústia. R.
8 O anjo do Senhor vem acampar*
ao redor dos que o temem, e os salva.
9 Provai e vede quão suave é o Senhor!*
Feliz o homem que tem nele o seu refúgio! R.

Evangelho – Jo 3,16-21

Deus enviou seu Filho ao mundo
para que o mundo seja salvo por Ele. + Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo São João 3,16-2116 Deus amou tanto o mundo,
que deu o seu Filho unigênito,
para que não morra todo o que nele crer,
mas tenha a vida eterna.
17 De fato, Deus não enviou o seu Filho ao mundo
para condenar o mundo,
mas para que o mundo seja salvo por ele.
18 Quem nele crê, nóo é condenado,
mas quem não crê, já está condenado,
porque não acreditou no nome do Filho unigênito.
19 Ora, o julgamento é este:
a luz veio ao mundo,
mas os homens preferiram as trevas à luz,
porque suas ações eram más.
20 Quem pratica o mal
odeia a luz
e não se aproxima da luz,
para que suas ações não sejam denunciadas.
21 Mas quem age conforme a verdade
aproxima-se da luz,
para que se manifeste
que suas ações são realizadas em Deus.
Palavra da Salvação.

Reflexão – Jo 3, 16-21

A vinda de Jesus ao mundo é a grande manifestação do amor misericordioso de Deus, que não quer a morte do pecador, mas que ele se converta e viva, e por isso manda o seu próprio Filho, não para condenar o mundo, mas para que o mundo seja salvo por ele, ou seja, pelo mistério de sua paixão, morte e ressurreição, todas as pessoas que querem viver segundo a luz, realizando as obras de Deus, e fugir das obras das trevas, fugir do pecado e das suas conseqüências, deixam de ser escravas do pecado e da morte e tornam-se livres, filhos e filhas de Deus, para viver segundo a graça e caminhar na esperança de que viverá eternamente junto de Deus.
Fonte: CNBB

HOJE É O DIA DE SÃO MARCELINO

Marcelino foi um sábio e dedicado religioso, amigo e discípulo de Agostinho, bispo de Hipona, depois canonizado e declarado doutor da Igreja. Entretanto, Marcelino acabou sendo vítima de um dos lamentáveis cismas que dividiram o cristianismo.
Foram influências políticas, como o donatismo, que levaram esse honrado cristão à condenação e ao martírio.
Tudo teve início muitos anos antes, em 310. O imperador Diocleciano ordenara ao povo a entrega e queima de todos os livros sagrados. Quem obedeceu, passou a ser considerado traidor da Igreja. Naquele ano, Ceciliano foi eleito bispo de Cartago, mas teve sua eleição contestada por ter sido referendada por um grupo de bispos traidores, os mesmos que entregaram os livros sagrados.
O bispo Donato era um desses e, além disso, tinha uma posição totalmente contrária ao catolicismo ortodoxo. Ele defendia que os sacramentos só podiam ser ministrados por santos, não por pecadores, isto é, gente comum. Os seguidores do bispo Donato, portanto, tornaram-se os donatistas, e a Igreja dividiu-se.
Em Cartago, Marcelino ocupava dois cargos de grande importância: era tabelião e tribuno, funcionando, assim, como um porta-voz da população diante das autoridades do Império Romano. Era muito religioso, ligado ao bispo Agostinho, de Hipona, reconhecido realmente como homem de muita fé e dedicação à Igreja. Algumas obras escritas pelo grande teólogo bispo Agostinho partiram de consultas feitas por Marcelino. Foram os tratados “sobre a remissão dos pecados”, “sobre o Espírito”, e o mais importante, “sobre a Trindade”, porém nenhum deles pôde ser lido por Marcelino.
Quando Marcelino se opôs ao movimento donatista, em 411, foi denunciado como cúmplice do usurpador Heracliano e condenado à morte. Apenas um ano depois da execução da pena é que o erro da justiça romana foi reconhecido pelo próprio imperador Honório. Assim, a acusação foi anulada e a Igreja passou a reverenciar são Marcelino como mártir. Sua festa litúrgica foi marcada para o dia 6 de abril, data de sua errônea execução.
A Igreja também celebra hoje a memória dos santos:  Celestino, Catarina de Pallanza e Diógenes

VIDEOMENSAGEM PAPAL SOBRE AS INTENSÕES DE ORAÇÃO DE ABRIL

O Papa Francisco divulgou uma videomensagem, nesta terça-feira (05/04), sobre as intenções de oração do mês de abril para o Apostolado de Oração.
Eis o texto proferido pelo pontífice na videomensagem.
“Obrigado, camponês. O teu contributo é imprescindível para toda a humanidade. Como pessoa, filho de Deus, mereces uma vida digna.
Mas… pergunto-me: Como são retribuídos os teus esforços?
A terra é um dom de Deus. Não é justo utilizá-la para favorecer apenas alguns, despojando a maioria dos seus direitos e dos seus benefícios.
Gostaria que pensasses nisso e unisses a tua voz à minha por esta intenção: que os pequenos agricultores recebam a justa compensação pelo seu precioso trabalho.”
Por Rádio Vaticano

terça-feira, 5 de abril de 2016

3ª-FEIRA DA 2ª SEMANA DA PÁSCOA

1ª Leitura – At 4,32-37

Um só coração e uma só alma.
Leitura dos Atos dos Atos dos Apóstolos 4,32-37 32 A multidão dos fiéis era um só coração e uma só alma.
Ninguém considerava como próprias as coisas que possuía,
mas tudo entre eles era posto em comum.
33 Com grandes sinais de poder,
os apóstolos davam testemunho
da ressurreição do Senhor Jesus.
E os fiéis eram estimados por todos.
34 Entre eles ninguém passava necessidade,
pois aqueles que possuíam terras ou casas,
vendiam-nas, levavam o dinheiro,
35 e o colocavam aos pés dos apóstolos.
Depois,
era distribuído conforme a necessidade de cada um.
36 José, chamado pelos apóstolos de Barnabé,
que significa filho da consolação,
levita e natural de Chipre,
37 possuía um campo.
Vendeu e foi depositar o dinheiro aos pés dos apóstolos.
Palavra do Senhor.

Salmo – Sl 92, 1ab. 1c-2. 5 (R.1a)

R. Reina o Senhor, revestiu-se de esplendor.
Ou: Aleluia, Aleluia, Aleluia
1a Deus é Rei e se vestiu de majestade,*
1b revestiu-se de poder e de esplendor! R.1c Vós firmastes o universo inabalável,
2 vós firmastes vosso trono desde a origem,*
desde sempre, ó Senhor, vós existis! R.
5 Verdadeiros são os vossos testemunhos,
refulge a santidade em vossa casa,*
refulge a santidade em vossa casa,*
refulge a santidade em vossa casa,*
pelos séculos dos séculos, Senhor! R.

Evangelho – Jo 3,7b-15

Ninguém subiu ao céu, a não ser aquele
que desceu do céu, o Filho do Homem. + Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo São João 3,7b-15 Naquele tempo disse Jesus a Nicodemos:
7b Vós deveis nascer do alto.
8 O vento sopra onde quer
e tu podes ouvir o seu ruído,
mas não sabes de onde vem, nem para onde vai.
Assim acontece a todo aquele que nasceu do Espírito’.
7 Não te admires por eu haver dito:
Vós deveis nascer do alto.
8 O vento sopra onde quer
e tu podes ouvir o seu ruído,
mas não sabes de onde vem, nem para onde vai.
Assim acontece a todo aquele que nasceu do Espírito’.
9 Nicodemos perguntou:
‘Como é que isso pode acontecer?’
10 Respondeu-lhe Jesus:
‘Tu és mestre em Israel,
mas não sabes estas coisas?
11 Em verdade, em verdade te digo,
nós falamos daquilo que sabemos
e damos testemunho daquilo que temos visto,
mas vós não aceitais o nosso testemunho.
12 Se não acreditais,
quando vos falo das coisas da terra,
como acreditareis
se vos falar das coisas do céu?
13 E ninguém subiu ao céu,
a não ser aquele que desceu do céu,
o Filho do Homem.
14 Do mesmo modo como Moisés levantou a serpente no deserto,
assim é necessário que o Filho do Homem seja levantado,
15 para que todos os que nele crerem
tenham a vida eterna.
Palavra da Salvação.

Reflexão – Jo 3, 7-15

A Vida nova, a Vida segundo o Espírito, não é algo que a pessoa humana possa conseguir por si mesma, uma vez que é algo que está muito além da sua própria natureza, portanto algo que foge às suas capacidades. A Vida nova é a vida da graça, que nos é dada pelo próprio Deus, a partir do mistério pascal de Jesus. A condição para a participação nessa Vida em Cristo é a fé; todos os que acreditam que Jesus, crucificado, morto e ressuscitado, é o Filho de Deus, a segunda Pessoa da Santíssima Trindade que se fez homem para ser o Emanuel, o Deus conosco, recebem dele o dom da Vida em plenitude, o dom da vida eterna.
Fonte: CNBB

HOJE É O DIA SÃO VICENTE FERRER

Vicente nasceu em Valência, na Espanha, em 1350. Passou a infância e a juventude junto aos padres dominicanos, que tinham um convento próximo de sua casa. Percebendo sua vocação, pediu ingresso na Ordem dos Pregadores (dominicanos) aos dezessete anos.
Vicente estudou em Lérida, Barcelona e Tolosa, doutorando-se em filosofia e teologia, e ordenando-se sacerdote em 1378. Pregador nato, nesse mesmo ano começou sua peregrinação por toda a Europa, durante um período negro da história, quando ocorreu a Guerra dos Cem Anos, quando forças políticas, alheias à Igreja, tinham tanta influência que atuavam até na eleição dos papas.
Assim, quando um italiano foi eleito papa, Urbano VI, as correntes políticas francesas não o aceitaram e elegeram outro, um francês, Clemente VII, que foi residir em Avinhão, na França. A Igreja dividiu-se em duas, ocorrendo o chamado cisma da Igreja ocidental, porque ela ficou sob dois comandos, o que durou trinta e nove anos.
Vicente Ferrer, pregador, já era muito conhecido. Como prior do convento de Valência, teve contato com o cardeal Pedro de Luna, que o convenceu da legitimidade do papa de Avinhão, e Vicente aderiu à causa. Em 1384, o referido cardeal foi eleito papa Bento XIII e habilmente fez do dominicano Vicente seu confessor, sendo defendido por ele até 1416, como fazia Catarina de Sena, sua contemporânea, pelo italiano Urbano VI.
O coração desse dominicano era dotado de uma fé fervorosa, mas passando por uma divisão dessas, e juntando-se o panorama geral da Europa na época: por toda parte batalhas sangrentas, calamidades públicas, fome, miséria, misticismo, ignorância, além da peste negra, que dizimou um terço da população. Tudo isso fez que a pregação de Vicente Ferrer ganhasse a nuance do fatalismo.
Ele andou pela Espanha, França, Itália, Suíça, Bélgica, Inglaterra e Irlanda e muitas outras regiões, defendendo sempre a unidade da Igreja, o fim das guerras, o arrependimento e a penitência, como forma de esperar a iminente volta de Cristo. Tornou-se a mais alta voz da Europa. Pregava para multidões e as catedrais tornavam-se pequenas para os que queriam ouvi-lo. Por isso fazia seus sermões nas grandes praças públicas. Milhares de pessoas o seguiam em procissões de penitência. Dizem os registros da Igreja, e mesmo os que não concordavam com ele, que Deus estava do seu lado. A cada procissão os prodígios e graças sucediam-se e podiam ser comprovados às centenas entre os fiéis.
O cisma da Igreja só terminou quando os dois papas renunciaram ao mesmo tempo, para o bem da unidade do cristianismo. Vicente retirou seu apoio ao papa Bento XIII e, com sua atuação, ajudou a eleger o novo papa, Martinho V, trazendo de novo a união da Igreja ocidental. As nuvens negras dissiparam-se, mas as conversões e as graças por obra de Vicente Ferrer ficarão por toda a eternidade.
Ele morreu no dia 5 de abril de 1419, na cidade de Vannes, Bretanha, na França. Foi canonizado pelo papa Calisto III, seu compatriota, em 1458, que o declarou padroeiro de Valência e Vannes. São Vicente Ferrer foi um dos maiores pregadores da Igreja do segundo milênio e o maior pregador do século XIV.
A Igreja também celebra hoje a memória dos santos:  Catarina Tomás, Zeno, Bv. Mariano de La Mata Aparício

IGREJA MATRIZ DE NOSSA SENHORA DA CONCEIÇÃO PADROEIRA DO MUNICÍPIO DE APODI-RN

 IGREJA MATRIZ DE NOSSA SENHORA DA CONCEIÇÃO

MUNICÍPIO DE APODI NA REGIÃO OESTE DO RIO GRANDE DO NORTE

segunda-feira, 4 de abril de 2016

2ª-FEIRA DA 2ª SEMANA DA PÁSCOA

1ª Leitura – At 4,23-31

Quando terminaram a oração,
todos ficaram cheios do Espírito Santo
e anunciavam corajosamente a palavra de Deus.
Leitura dos Atos dos Apóstolos 4,23-31 Naqueles dias:
23 Logo que foram postos em liberdade,
Pedro e João voltaram para junto dos irmãos
e contaram tudo
o que os sumos sacerdotes e os anciãos haviam dito.
24 Ao ouvirem o relato,
todos eles elevaram a voz a Deus, dizendo:
‘Senhor, tu criaste o céu, a terra, o mar
e tudo o que neles existe.
25 Por meio do Espírito Santo,
disseste através do teu servo Davi, nosso pai:
‘Por que se enfureceram as nações,
e os povos imaginaram coisas vós?
26 Os reis da terra se insurgem
e os príncipes conspiram unidos
contra o Senhor e contra o seu Messias’.
27 Foi assim que aconteceu nesta cidade:
Herodes e Pôncio Pilatos
uniram-se com os pagãos e os povos de Israel
contra Jesus, teu santo servo, a quem ungiste,
28 a fim de executarem tudo o que a tua mão e a tua vontade
haviam predeterminado que sucedesse.
29 Agora, Senhor, olha as ameaças que fazem
e concede que os teus servos
anunciem corajosamente a tua palavra.
30 Estende a mão
para que se realizem curas, sinais e prodígios
por meio do nome do teu santo servo Jesus.’
31 Quando terminaram a oração,
tremeu o lugar onde estavam reunidos.
Todos, então, ficaram cheios do Espírito Santo
e anunciavam corajosamente a palavra de Deus.
Palavra do Senhor.

Salmo – Sl 2, 1-3. 4-6. 7-9 (R. Cf. 12d)

R. Felizes hão de ser todos aqueles
que põem sua esperança no Senhor.
Ou: Aleluia, Aleluia, Aleluia
1 Por que os povos agitados se revoltam? *
por que tramam as nações projetos vóos?
2 Por que os reis de toda a terra se reúnem, +
e conspiram os governos todos juntos *
contra o Deus onipotente e o seu Ungido?
3 ‘Vamos quebrar suas correntes’, dizem eles, *
‘e lançar longe de nós o seu domínio!’ R.
4 Ri-se deles que mora lá nos céus; *
zomba deles o Senhor onipotente.
5 Ele, então, em sua ira os ameaça, *
e em seu furor os faz tremer, quando lhes diz:
6 ‘Fui eu mesmo que escolhi este meu Rei, *
e em Sião, meu monte santo, o consagrei!’ R.
7 O decreto do Senhor promulgarei, +
foi assim que me falou o Senhor Deus: *
‘Tu és meu Filho, e eu hoje te gerei!
8 Podes pedir-me, e em resposta eu te darei +
por tua herança os povos todos e as nações, *
e há de ser a terra inteira o teu domínio.
9 Com cetro férreo haverás de dominá-los, *
e quebrá-los como um vaso de argila!’ R.

Evangelho – Jo 3,1-8

Se alguém não nasce da água e do Espírito,
não pode entrar no Reino de Deus. + Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo São João 3,1-8 1 Havia um chefe judaico,
membro do grupo dos fariseus,
chamado Nicodemos,
2 que foi ter com Jesus, de noite,
e lhe disse:
‘Rabi, sabemos que vieste como mestre
da parte de Deus.
De fato, ninguém pode realizar os sinais que tu fazes,
a não ser que Deus esteja com ele’.
3 Jesus respondeu:
‘Em verdade, em verdade te digo,
se alguém não nasce do alto,
não pode ver o Reino de Deus’.
4 Nicodemos disse:
‘Como é que alguém pode nascer, se já é velho?
Poderá entrar outra vez no ventre de sua mãe?’
5 Jesus respondeu:
‘Em verdade, em verdade te digo,
se alguém não nasce da água e do Espírito,
não pode entrar no Reino de Deus.’
6 Quem nasce da carne é carne;
quem nasce do Espírito é espirito.
7 Não te admires por eu haver dito:
Vós deveis nascer do alto.
8 O vento sopra onde quer
e tu podes ouvir o seu ruído,
mas não sabes de onde vem, nem para onde vai.
Assim acontece a todo aquele que nasceu do Espírito’.
Palavra da Salvação.

Reflexão – Jo 3, 1-8

O Evangelho de hoje nos mostra uma nova oposição entre o velho e o novo, que não acontece mais segundo o tempo, mas segundo a condição do homem diante de Deus. O homem velho é o homem do Antigo Testamento, o homem que vive segundo a lei, é escravo do pecado e da morte. O homem novo é o homem que participa da Nova Aliança, é cidadão do Reino de Deus, não vive mais segundo a lei, mas vive o novo mandamento, o mandamento do amor, não é mais escravo do pecado, mas é filho de Deus, é livre e vive segundo a graça e não é mais prisioneiro da morte porque tem a Vida nova em Cristo.
Fonte: CNBB

HOJE É O DIA DE SANTO ISIDORO DE SEVILHA

Isidoro, o mais novo de quatro irmãos, nasceu em 560, em Sevilha, capital da Andaluzia, numa família hispano-romana muito cristã. Seu pai, Severiano, era prefeito de Cartagena e comandava sua cidade dentro dos mais disciplinados preceitos católicos. A mãe, Teodora, educou todos os filhos igualmente nas regras do cristianismo. Como fruto, colheu a alegria de ter quatro deles: Isidoro, Fulgêncio, Leandro e Florentina, elevados à veneração dos altares da Igreja.
Isidoro começou a estudar a religião desde muito pequeno, tendo na figura do irmão mais velho, Leandro, o pai que falecera cedo. Diz a tradição que logo que ingressou na escola o menino tinha muitas dificuldades de aprendizagem, chegando a preocupar a família e os professores, mas rapidamente superou tudo com a ajuda da Providência Divina. Formou-se em Sevilha, onde, além do latim, ainda aprendeu grego e hebraico, e ordenou-se sacerdote.
Tudo isso contribuiu muito para que trabalhasse na conversão dos visigodos arianos, a começar pelo próprio rei. Isidoro também foi o responsável pela conversão dos judeus espanhóis. Tornou-se arcebispo e sucedeu a seu irmão Leandro, em Sevilha, durante quase quatro décadas. Logo no início do seu bispado, Isidoro organizou núcleos escolares nas casas religiosas, que são considerados os embriões dos atuais seminários. Sua influência cultural foi muito grande, era possuidor de uma das maiores e mais bem abastecidas bibliotecas e seu exemplo levou muitas pessoas a dedicarem seus tempos livres ao estudo e às boas leituras.
Depois, retirou-se para um convento, onde poderia praticar suas obrigações religiosas e também se dedicar intensamente aos estudos. Por seus profundos conhecimentos, presidiu o II Concílio de Sevilha, em 619, e o IV Concílio de Toledo, em 633, do qual saíram leis muito importantes para a Igreja, de modo que a religiosidade se enraizou no país. Por isso foi chamado de “Pai dos Concílios” e “mestre da Igreja” da Idade Média.
Isidoro era tão dedicado à caridade que sua casa vivia cheia de mendigos e necessitados, isso todos os dias. No dia 4 de abril de 636, sentindo que a morte estava se aproximando, dividiu seus bens com os pobres, publicamente pediu perdão para os seus pecados, recebeu pela última vez a eucaristia e, orando aos pés do altar, ali morreu.
Ele nos deixou uma obra escrita sobre cultura, filosofia e teologia considerada a mais valorosa do século VII. Nada menos que uma enciclopédia, com vinte e um volumes, chamada Etimologias, considerada o primeiro dicionário escrito, um livro com a biografia dos principais homens e mulheres da Bíblia, regras para mosteiros e conventos, além de muitos comentários acerca de cada um dos livros da Bíblia, estudo que mais lhe agradava.
Dante Alighieri cita Isidoro de Sevilha em seu livro A divina comédia, no capítulo do Paraíso, onde vê “brilhar o espírito ardente” nesse teólogo. Em 1722, o papa Bento XIV proclamou santo Isidoro de Sevilha doutor da Igreja, e seu culto litúrgico confirmado para o dia de sua morte.
A Igreja também celebra hoje a memória dos santos: Platão, o monge e Pedro de Poitiers

PAPA: SOMOS CHAMADOS A TORNAR-NOS ESCRITORES VIVENTES DO EVANGELHO

O Evangelho da misericórdia procura “bons samaritanos”, pede servos generosos e alegres, que amam gratuitamente sem nada pretender em troca: foi o que disse o Papa Francisco na missa celebrada na manhã deste II Domingo da Páscoa, festa da Divina Misericórdia.
Após a vigília de oração da tarde precedente, a Praça São Pedro voltou a lotar-se este domingo para a missa com o Santo Padre, na qual Francisco reiterou que “tudo o que Jesus disse e fez é expressão da misericórdia do Pai”.
O Evangelho é o livro da misericórdia de Deus, disse o Papa, acrescentando que “o Evangelho da misericórdia permanece um livro aberto, onde se há de continuar a escrever os sinais dos discípulos de Cristo, gestos concretos de amor, que são o melhor testemunho da misericórdia”.
“Todos somos chamados a tornar-nos escritores viventes do Evangelho, portadores da Boa Nova a cada homem e mulher de hoje. Podemos fazê-lo praticando as obras corporais e espirituais de misericórdia, que são o estilo de vida do cristão. Através destes gestos simples e vigorosos, mesmo se por vezes invisíveis, podemos visitar aqueles que passam necessidade, levando a ternura e a consolação de Deus.”
Deste modo damos continuidade ao que fez Jesus no dia de Páscoa, “quando derramou, nos corações assustados dos discípulos, a misericórdia do Pai, o Espírito Santo que perdoa os pecados e dá a alegria”, frisou.
Atendo-se ao Evangelho deste segundo domingo da Páscoa, no qual Jesus, oito dias após sua Ressurreição, apareceu a seus discípulos, o Papa chamou a atenção para um contraste evidente: por um lado – disse –, “temos o medo dos discípulos, que fecham as portas da casa; por outro, temos a missão, por parte de Jesus, que os envia ao mundo para levarem o anúncio do perdão”.
O mesmo contraste pode verificar-se também em nós: “uma luta interior entre o fechamento do coração e o chamado do amor para abrir as portas fechadas e sair de nós mesmos”, observou.
Francisco ressaltou que a estrada que o Mestre ressuscitado nos aponta é estrada de sentido único, segue-se apenas numa direção: “sair de nós mesmos, para testemunhar a força sanadora do amor que nos conquistou. Muitas vezes vemos, diante de nós, uma humanidade ferida e assustada, que tem as cicatrizes do sofrimento e da incerteza”.
Cada doença pode encontrar na misericórdia de Deus um auxílio eficaz. Com efeito, prosseguiu o Santo Padre, a sua misericórdia não se detém à distância: “quer vir ao encontro de todas as pobrezas e libertar de tantas formas de escravidão que afligem o nosso mundo. Quer alcançar as feridas de cada um, para medicá-las.”
“Ser apóstolos de misericórdia significa tocar e acariciar as suas chagas, presentes hoje também no corpo e na alma de muitos dos seus irmãos e irmãs.”
O Papa disse ainda que ao cuidar destas chagas, professamos Jesus, tornamo-Lo presente e vivo; permitimos a outros que palpem a sua misericórdia, e O reconheçam ‘Senhor e Deus’, como fez o apóstolo Tomé.
“O Evangelho da misericórdia, que se deve anunciar e escrever na vida, procura pessoas com o coração paciente e aberto, «bons samaritanos» que conhecem a compaixão e o silêncio perante o mistério do irmão e da irmã; pede servos generosos e alegres, que amam gratuitamente sem nada pretender em troca.”
Após lembrar a saudação de paz que Cristo leva aos seus discípulos, “A paz esteja convosco!”, e enfatizar que é a mesma paz que esperam os homens do nosso tempo, o Papa caracterizou a paz de Cristo, aquela paz que somente Ele pode nos dar:
“Não é uma paz negociada, nem a suspensão de algo errado: é a sua paz, a paz que brota do coração do Ressuscitado, a paz que venceu o pecado, a morte e o medo. É a paz que não divide, mas une; é a paz que não deixa sozinhos, mas faz-nos sentir acolhidos e amados; é a paz que sobrevive no sofrimento e faz florescer a esperança. Esta paz, como no dia de Páscoa, nasce e renasce sempre do perdão de Deus, que tira a ansiedade do coração.”
“Ser portadora da sua paz: esta e a missão confiada à Igreja no dia de Páscoa”, disse o Pontífice, acrescentando que “nascemos em Cristo como instrumentos de reconciliação, para levar a todos o perdão do Pai, para revelar o seu rosto de amor nos sinais da misericórdia”.
Por fim, lembrando que “O amor do Senhor é para sempre”, proclamado no Salmo Responsorial da celebração (Sl 117), enfatizou a certeza que temos de que “Deus não nos abandona: permanece para sempre”.
Francisco pediu a graça de não nos cansarmos de tomar a misericórdia de Deus e levá-la pelo mundo: “peçamos para sermos misericordiosos, a fim de irradiar por todo o lado a força do Evangelho, para escrever aquelas páginas do Evangelho que o apóstolo João não escreveu”, concluiu o Pontífice, aludindo às palavras com as quais o ‘discípulo amado’ encerra esta página do Evangelho – “Muitos outros sinais miraculosos realizou ainda Jesus, na presença dos seus discípulos, que não estão escritos neste livro”, Jo 20, 30.
Por Rádio Vaticano